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Brasil e Croácia… o primeiro jogo

É… a copa começou. Comecemos pelo começo, pela Cerimônia de Abertura.

Então… teve muito plástico… Imagina-se que por aqui a Cerimônia de Abertura, pelo menos ela, iria ser de encher os olhos. Era só usar o know-how do carnaval. Mas o que se viu foi um campo imenso, cheio de vazios, com coreografias assimétricas e meio sem sentido. E plástico para todo lado. Dizer que a Claudia Leitte estava fantasiada de Galinha Pintadinha é de uma rematada implicância, dado que na roupa da Claudia havia um escudo da CBF – o qual não é usado pela dita galinha. E, sim, a música é horrível e, a vá!, eles dublaram. Se não me engano foi na abertura da olimpíada de Atlanta que o Jon Secada tomou um tombo do palco e o play back continuou comendo solto. Paul McCartney não dublou na abertura da olimpíada de Londres, mas essas coisas são para quem pode. No mais deu saudade da Shakira com o Waka Waka.

Se eu pudesse fazer uma abertura dessas, enfileirava todos os brasileiros campeões mundiais no campo. Dos velhinhos de 58 até a turma de 2002. Só isso. Mas parece que nem foram ao Itaquerão. Nem o Pelé eu vi. Para mim, a maior falha. Era a hora de intimidar de vez o mundo mostrando nosso maior patrimônio – ainda mais que o patrimônio da J Lo tinha acabado de dar uma goleada no da Claudia.

Em relação ao jogo, uma coincidência incômoda com a seleção de 82: o goleiro e o centroavante não inspiram confiança. Julio Cesar e Fred estão para Waldir Perez e Serginho Chulapa, assim como Paulinho não está para Falcão, Oscar não está para Zico e Marcelo não está para Júnior. Aliás uma bola daquela, cruzada rasteira em paralelo à linha do gol, poderia bater em qualquer um, posto que vinham 475 atletas entre brasileiros e croatas, numa corrida que se costuma chamar de cavalo-doido – adjetivos que poderiam perfeitamente caber, com todo o respeito, ao autor do primeiro gol da Copa.

A Croácia que entrara para perder de pouco achou um gol dado de bandeja. Mas continuou jogando para perder de pouco. Tanto que ao final do primeiro tempo o Brasil tinha 68% de posse de bola e o jogo já empatado. No segundo tempo, Fred fez sua parte enganando o árbitro e Neymar quase perde o pênalti. A tv focou muito o camisa nove canarinho ao fim do jogo, que prudentemente saiu com o semblante pesado. No finalzinho, Ramires toma a bola e passa para Oscar, o qual mesmo tendo um terço do físico dos croatas, passou por todos e fez o terceiro. Gol do Chelsea, e é de se perguntar por que esses dois não tiveram a bondade de fazer um lance desses contra o curíntia lá no Japão.

Bem, o time de Brasil fez o que dele se esperava. De inovador só aquele jeito “escoteiro-escola primária” de entrar em campo com a mão no ombro do coleguinha da frente. Os problemas do time são os mesmos de sempre e as virtudes também. E seguiremos a mesma receita para vencer México e Camarões: artilharia de Neymar, Fred trombando na frente, a defesa fazendo m… e o juiz roubando “pra nóis”.

Ah, e a Dilma… deixa pra lá…

Publicado em:Crônicas,Entretenimento,Michelices

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