Este texto é curtinho e remete ao último, que fala da pesquisa do IPEA. O UBQ nunca aceitou a pesquisa, nem sua pertinência, muito menos sua metodologia e até inferiu que serviria apenas para nos jogar areia nos olhos. Apesar disso muito se falou, até na novela da Globo. Ou não atentaram para o que atentamos, ou se deixaram levar pela ala radical do movimento feminista, ou sei lá, não pararam para pensar.
O UBQ, como sempre foi nossa bandeira desde a faculdade, onde tudo o que tínhamos era um jornalzinho fotocopiado (mas muito bem editado), é um espaço de livre-pensar. Sempre achamos que basta querer para isto. Livre-pensar é não se deixar levar por modinhas, por ondas, por movimentos que se dizem democráticos mas têm a semente do totalitarismo. Livre-pensar é não ter medo sequer do ridículo de pensar algo sozinho.
Reproduzir ideias ou estatísticas sem crítica é amarrar o pensamento. Pior que isso: em muitos casos, é abdicar do direito de livre-pensar.
O IPEA reconheceu o erro da pesquisa e já publicou a correção. Não se trata aqui de ficar se auto-exaltando. O UBQ qualquer não profetizou nada, não adivinhou nada, apenas… pensou. Ficamos felizes sim porque nem foi tão difícil. Mas principalmente porque pudemos exercer na plenitude o dístico de quase 20 anos atrás que acompanhava o nosso periódico, onde se dizia que “o livre-pensar é só pensar”.