Ricardo Marques
Olá e bem vindos à nossa resenha mensal de notícias de tecnologia. Um resumo dos principais fatos do mundo tecnológico para você ficar bem informado! Nesta edição, com as principais notícias do mês de janeiro/2023, temos a CES 2023, as demissões nas big techs, o ChatGPT está impressionando muito, o encerramento do Google Stadia, o relançamento do Sony Walkman (em valores mais acessíveis), o fim das vendas do Windows 10 e o Tik Tok sob suspeita.
Consumer Eletronic Show abre o calendário de eventos
O primeiro grande evento de tecnologia do ano ocorreu em Las Vegas logo na primeira semana do ano. Realizada desde 1967, a Consumer Eletronic Show funciona como uma grande vitrine para apresentação das novidades, não só do mercado da tecnologia, mas do mercado de consumo em geral.
É importante dizer que nem tudo que é apresentado por lá já está disponível no mercado – como carrão que a BMW exibiu em seu estande – mas ela serve para definir tendências e inovações que o mercado deverá seguir neste e nos próximos anos.
Assim, o evento – realizado entre 05 e 08 de janeiro – apresentou números impressionantes: mais de 3200 expositores, cerca de 173 países representados e mais de 4700 profissionais de imprensa atenderam ao evento que estava dividido em 41 categorias de tecnologias. Para nós, o escopo das novidades está no campo da informática, telefonia, games e audiovisual. Você pode conhecer algumas destas novidades conferindo os principais portais de tecnologia.
A onda de demissões nas empresas de tecnologia
Twitter, Amazon, 99, Facebook (ou Meta) e Microsoft são apenas algumas das gigantes da tecnologia que estão demitindo seus funcionários. Segundo reportagem da BBC Brasil, já são cerca de 120 mil demissões e ao que parece, os cortes não vão parar por aí. Alphabet (que controla o Google) e Apple também estudam uma reestruturação.
Por seu lado, as empresas culpam o atual momento econômico que causou perdas nos lucros e até mesmo prejuízos milionários para alguns. E como reação natural, a reestruturação é um movimento esperado.
No entanto, para muitos analistas, o momento econômico não é o único responsável pelas demissões. Má gestões e decisões erradas de investimentos também podem ser apontados como culpados. Será que estamos vivendo uma nova bolha como aconteceu com a bolha da internet no começo dos anos 2000?
Chat GPT é uma inteligência artificial impressionante
A ferramenta surgiu no final de 2022 e em resumo ela é uma inteligência artificial utilizada para geração de diálogos virtuais. Ela utiliza algoritmos de linguagem e por meio de aprendizagem de máquina (Machine Learning) a IA consegue interagir com seus usuários.
A parte interessante é que a IA aprende cada vez mais conforme é mais utilizada. Em tese, ela poderia atuar como assistentes virtuais, bots de atendimento e outros serviços de suporte. Mas tem gente que anda usando o serviço para outros fins… como escrever a redação do ENEM 2022. E o GPT fez isso em atordoantes 50 segundos.
O que realmente impressiona é que não levou nem um mês para que a tecnologia entrasse no radar da mídia especializada. E tem gente dizendo que dá para escrever blogs inteiros a partir do GPT. Sinceramente, o UBQ continuará na mão dos humanos, mesmo com todos os erros que a mão humana pode nos trazer.
O fim do Google Stadia
Parece que o serviço de games do Google chegou ao fim, o serviço Google Stadia foi encerrado em 18 de janeiro com pouco mais de 3 anos de vida. Aquilo que começou como uma promessa que revolucionaria o mercado de videogames se transformou num grande fiasco.
Google Stadia era um serviço de jogos em nuvem que permitia que os usuários joguem jogos de alta qualidade em dispositivos como smartphones, computadores e TVs sem a necessidade de uma console de jogos ou hardware de alta potência. Ele usaria a tecnologia de streaming para transmitir jogos para dispositivos compatíveis, permitindo que os jogadores começassem a jogar imediatamente sem esperar por downloads ou atualizações. Além disso, o Stadia ofereceria recursos como jogabilidade multiplayer, jogos gratuitos e compra de jogos. Pelo menos, essa era a promessa.
O lançamento contou com um baixo número de jogos – que precisavam ser adquiridos, além da mensalidade do serviço – e a qualidade do serviço de streaming deixava muito a desejar. Além disso, muito do que foi prometido simplesmente não aconteceu. Em 29 de setembro de 2022, a Google anunciou o fim do serviço e prometeu o reembolso do dinheiro gasto em hardware e software pelos jogadores. Mas o mercado de streaming ainda conta com outros players: Xcloud, GeForce Now e Amazon Luna continuam por aí.
Sony relança o Walkman
Se você viveu sua adolescência nos anos 80 até meados dos anos 90, provavelmente você teve contato com um. Estamos falando do Walkman da Sony. E a boa notícia para os saudosistas, ele está voltando em uma versão com direito a acesso aos streamings de música e áudio de alta qualidade. Na verdade, não é bem um retorno, porque a Sony já tem outros modelos no mercado… mas estes são – digamos – acessíveis.
O Sony Walkman foi um dispositivo portátil de reprodução de música, fabricado pela Sony, que foi lançado pela primeira vez em 1979. Ele permitia que as pessoas ouvissem música em fitas cassete enquanto viajavam ou faziam outras atividades, e foi um dos primeiros dispositivos portáteis de música a se tornar popular. O Walkman foi um grande sucesso comercial e se tornou uma das marcas mais conhecidas da Sony. Ele também foi um dos principais responsáveis por popularizar a prática de ouvir música em dispositivos portáteis, e inspirou muitos outros fabricantes a lançar seus próprios dispositivos similares.
Serão dois modelos: o NW-A306 que parece um smartphone comum com tem tela sensível ao toque de 3,6 polegadas, pesando apenas 113 gramas; o outro modelo é o NW-ZX707 com tela de 5 polegadas e pesando cerca de 227g. Eles rodam a versão 12 do Android e trazem suporte ao Spotify de modo integrado. A bateria dura cerca de 26 horas e os preços, bom… são salgados. A versão mais básica sai por cerca de R$ 2.200 (em valores convertidos).
Fim das vendas do Windows 10
Quando foi lançado, o Windows 10 foi anunciado como a versão definitiva do sistema operacional da Microsoft. Em teste, seria a última versão que passaria a partir de então receber atualizações e melhorias continuas de modo a ser sempre o sistema mais atual possível. Pelo menos essa era a promessa quando foi lançado em 29 de julho de 2015. Ele é considerado uma evolução do Windows 8, trazendo de volta o menu Iniciar que havia sido removido na versão anterior. Além disso, o Windows 10 também apresentou uma série de novas funcionalidades, como suporte para dispositivos touchscreen, a Cortana (assistente de voz da Microsoft) e o Microsoft Edge (navegador web da Microsoft).
Mas o que deveria ser definitivo se tornou apenas mais uma versão, pois em junho de 2021 a gigante de Redmond anunciou a nova versão do sistema. O Windows 11. Sendo a versão mais recente, naturalmente ela traz muitas novidades em relação ao antecessor, como a interface moderninazada, integração com dispositivos touch, uma nova loja de aplicativos, além de suporte a dispositivos IoT (Internet das Coisas) e melhorias em segurança e privacidade. Houve até uma polêmica sobre os requisitos necessários para instalação do novo sistema.
Agora, a Microsoft anunciou que suspenderá as vendas do Windows 10 a partir do próximo 31 de janeiro. É uma maneira de forçar os usuários a migrarem para o Windows 11, e de certa forma, impor uma atualização de hardware para computadores mais antigos. Apesar do anúncio, ainda será possível encontrar o sistema em revendedores autorizados e o suporte para o sistema seguirá normalmente até outubro de 2025, quando o sistema terá pouco mais de 10 anos de existência. Não dá pra negar que é bastante tempo no ar.
Tik Tok sob suspeita
Uma notícia veiculada pelo Tecnoblog informa que muitas universidades públicas nos EUA estão bloqueando o aplicativo Tik Tok em suas redes. De acordo com a notícia, o motivo é a preocupação quanto a segurança dos dados dos estudantes e funcionários das instituições. Ao que parece, estes dados poderiam ser repassados ao governo chinês pela empresa responsável pelo Tik Tok. Ela fica sediada em Pequim, China. É importante dizer que o acesso estaria bloqueado nas redes universitárias. No entanto, as pessoas ainda poderão acessar o app pela rede de dados se sua operadora de celular.
Mas o movimento não está restrito aos EUA, sendo que a Europa também avalia possíveis sanções, pois entendem que o serviço precisa estar de acordo com as diretrizes estabelecidas na Lei de Serviços Digitais da União Europeia. O TikTok está sob suspeita devido a preocupações com a segurança de dados e a possível interferência da China na política dos países ocidentais. Há preocupações de que o governo chinês possa usar as informações coletadas pelo TikTok para espionagem ou influência política indevida. Além disso, há preocupações de que as políticas de moderação do conteúdo do TikTok possam não ser tão rigorosas quanto as das redes sociais ocidentais, o que poderia permitir a disseminação de conteúdo prejudicial ou falso.
A posição oficial do TikTok é que a segurança e a privacidade dos usuários são uma prioridade para a empresa. A empresa afirma que os dados dos usuários são armazenados em servidores fora da China e que a empresa não compartilha dados com o governo chinês, a menos que seja obrigada por lei. Além disso, o TikTok afirma ter políticas rigorosas de moderação de conteúdo e colaborar com as autoridades dos países onde opera para garantir que seu plataforma seja usada de forma segura e responsável. A questão é saber em quem acreditar…
Então é isso…
Este mês ficamos por aqui! Até nossa próxima edição com mais notícias do mundo da tecnologia e informação. Deixe seus comentário e opiniões para que possamos melhorar cada vez mais nossa curadoria de conteúdos.
