Menu fechado

Confesso – Kate Hudson

A Confissão

Confesso: já tive uma paixão platônica por Kate Hudson. Quem sabe, ainda tenha, mas é bom que permaneça na discrição sob o risco de ser apenas mais um trovador com palavras metafóricas expostas ao vento. Pois as paixões são assim, reservam ao apaixonado o nobre descaso de sua própria vida e reservam ao motivo aquela santidade desconhecida, embora típica. Ainda que o tempo passe carregando as peles em poeiras, o ar respirado e descartado, a bruma das manhãs frias, contudo, restará a memória. Já a arte deve se sujeitar à publicidade.

O Pecado

Quando confesso meu amor platônico por Kate Hudson não busco o escárnio de quem não tem alma. Sinto que posso revelar um segredo tão bem guardado em prol de que alguém sinta a mesma liberdade. Em meu segredo que norteia meus sentimentos, cada filme com seu áudio original já me basta para cair em transe e me transportar juntinho dela. Quiça de braços dados pelo Central Park, enquanto me confidencia seu nome guardado a sete chaves. Já estaria em liberdade plena sem qualquer adicional. Guardaria para sempre os olhares que se entrelaçam ao silêncio e que se despertam do nada, pois nada mais interessa. Pois só esses olhares são possíveis quando se fecham os olhos, e ainda ternos, mostram-se tensos de tanto querer.

A Penitência

Sim, já tive essa paixão, talvez ainda tenha, e quem sabe seja bom para ela conhecer essa santidade desconhecida e declarada pública agora. Quem sabe minha trova receba um pouco mais que o tempo lhe dará de memória. Ainda que não se ouça, não se leia ou não se conheça, que sua face seja acariciada pelo mesmo vento que levou a minha respiração. Se ela abrir um sorriso ao vento já terei alcançado meu sim, e ele estaria explícito através do olhar mais lindo que já vi.

Publicado em:Crônicas,Entretenimento,O Sujeito Oculto

Conheça também...