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Três filmes em tempos de guerra

De tempos em tempos os serviços de streaming renovam seus respectivos catálogos. Entra filme, sai filme; entra série, sai série. Até aí normal. E se você fica um tempo sem assistir algum dos serviços, você se depara com boas surpresas. E também com verdadeiras bombas… Como ainda estou em casa, vez ou outra me pego vendo algum filme. Hoje assistir dois. Um bom e uma bomba… mas não vou falar sobre o filme bomba. Mas o filme bom me deu uma boa ideia para um texto.

Um dos meus gêneros favoritos são os filmes de guerra. E aí temos grandes clássicos que merecem ser vistos e revistos… Apocalipse Now, O resgate do soldado Ryan, Até o último homem, Corações de Ferro, 1917, Platoon, Além da Linha Vermelha e tantos outros… E aí a gente se depara com dois subgêneros: um deles formado pelos filmes que retratam a guerra propriamente dita, com batalhas, eventuais fatos reais e boas tramas psicológicas, mas tendo a guerra como a grande protagonista da história…

O outro é aquele formado por filmes cujas as histórias se desenrolam em tempos de guerra. A guerra está ali, presente, interfere nos eventos do filme, mas não são o momento magno do filme, funcionam – digamos – como pano de fundo. E aí podemos colocar outro rol de ótimos filmes. E – puxa vida – são tantos… daria até um podcast, não é mesmo? Bom, hoje eu vou apresentar para vocês três filmes que se passam em tempos de guerra e que contam com histórias fantásticas e que valem a pena ser vistos (ou revistos). Vamos lá?

Fuga para Vitória

Aí está um filme despretensioso mas que tem uma história bem bolada. “Fuga para a Vitória” (Escape to Victory, no original) é um filme americano de 1981 dirigido por John Huston. A história do filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial e acompanha um grupo de prisioneiros de guerra, liderados por um ex-jogador de futebol profissional britânico (Michael Caine), que são obrigados a jogar uma partida de futebol contra uma seleção alemã. Com isso, eles aproveitam a oportunidade para planejar uma fuga.

Michael Caine, Sylvester Stallone e Pelé

Durante a execução do plano de fuga muita coisa não sai como planejado e eles precisam improvisar. E talvez a maior improvisação seja usar Sylvester Stallone como goleiro. Dizem que no roteiro original ele seria o craque do time, mas por ser perna de pau demais, a solução foi mudar sua posição. A bem da verdade, e com um pequeno spoiler, o plano era fugir no intervalo do jogo. Mas o coração futebolista dos soldados/prisioneiros/jogadores falou mais alto…

O time é composto por prisioneiros de guerra de diferentes nacionalidades, incluindo americanos, britânicos, franceses e poloneses, que têm que superar suas diferenças para trabalhar juntos e vencer a partida. A partida é uma metáfora para a luta contra o opressor e o desejo de liberdade.

Além disso, o filme conta com algumas estrelas do futebol da época como Pelé (que curiosamente na história não é brasileiro, mas sim da Guiana Francesa), Bobby Moore, Kazimierz Deyna e Osvaldo Ardiles (entre tantos outros) e por conta disso ganhou alguma fama. A história da fuga é fictícia mas o jogo que ocorre no filme foi baseado em um jogo real que ocorreu em 1942, onde um time de prisioneiros de guerra jogou contra um time de guardas nazistas.

Uma Luz na Escuridão

Aqui temos um filme que mistura espionagem, guerra e romance. “Uma luz na escuridão” (Shining Through, no original) é um filme de 1992 dirigido por David Seltzer.

Michael Douglas e Melanie Griffith protagonizam esse suspense/romance durante a segunda guerra

Na história, Linda Voss (interpretada por Melanie Griffith) é uma tradutora de alemão que trabalha para uma empresa de advocacia em Nova York durante a Segunda Guerra Mundial. Quando seu chefe (interpretado por Michael Douglas) que na verdade é um espião do governo precisa de alguém para se infiltrar na Alemanha nazista, Linda o convence de que ela é a pessoa ideal para a tarefa.

Ela se disfarça como uma governanta alemã e viaja para Berlim, onde se envolve com um oficial nazista (interpretado por Liam Neeson) enquanto tenta encontrar informações valiosas para os Aliados. O filme acompanha sua jornada emocional e perigosa enquanto ela luta para manter sua verdadeira identidade em segredo e tenta completar sua missão.

Operação Valquíria

Este foi o filme bom que assisti hoje. Ele é livremente inspirado em fatos reais, especialmente no último atentado sofrido por Adolf Hitler e que se bem sucedido, poderia ter encurtado a história da segunda guerra mundial.

“Operação Valquíria” (Valkyrie no original) é um filme de história de 2008 dirigido por Bryan Singer e conta a história do golpe de Estado liderado pelo Coronel Claus von Stauffenberg (interpretado por Tom Cruise) durante a Segunda Guerra Mundial na Alemanha.

Stauffenberg é um oficial da Wehrmacht descontente com as ações do regime nazista que retorna à Alemanha gravemente ferido, devido à guerra na África. Ao chegar ele se envolve em uma conspiração para acabar com o governo local e se une a um grupo de conspiradores militares para derrubar Adolf Hitler. Para isso ele planeja usar a Operação Valquíria, um plano de contingência do governo alemão para um golpe de Estado, para colocar um governo nacionalista no poder e negociar uma paz separada com os Aliados.

O filme mostra as complicadas manobras políticas e os riscos pessoais enfrentados por Stauffenberg e seus colegas conspiradores enquanto eles tentam realizar seu plano arriscado. Como a história nos mostra, obviamente o golpe fracassou, mas apesar do inevitável spoiler que temos pelos livros de história, é fascinante perceber que mesmo o lado dos malvados também contava com pessoas com algum bom senso.

Serviço

Publicado em:Opinião,Sem Pipoca

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