Menu fechado

O que vem depois da Sepultura?

Extra, extra! Um dos maiores êxitos internacionais da música brasileira deixará de existir. O Sepultura anunciou o fim de suas atividades após 40 anos de atuação, sucesso e referência no metal nacional.

A banda escreveu seu nome na cena metaleira mundial tornando-se um ícone na inovação e renovação do cenário. Nos anos 90, quando toda a cena do metal parecia fraquejar com a chegada de outros estilos de rock como o Grunge e o BritPop, além da expansão do Pop e do “HipHop” como retrato da juventude mundial, o Sepultura foi uma lufada de ar, um tábua de salvação ao estilo, renovando o público e tirando o metal da sua zona de conforto.

O Sepultura chega ao fim após sua turnê de despedida em 2024

Mesmo com a saída de seus fundadores, os irmãos Max e Iggor Cavalera, a banda soube se reinventar e manter toda a sua relevância dentro de uma cena que se renova reciclando antigos clichês. O Sepultura não! Eles sempre se reinventaram e influenciaram a criação de uma nova vertente metaleira, o Nu Metal. Bandas como Korn, Slipknot e Deftones não existiriam se o Sepultura não tivesse coragem de se embrenhar na tribo Xavante e amalgamar os rituais nativos às suas guitarras formando um som único, incopiável e incomparável.

Andreas Kisser, Paulo Xisto Jr., Eloy Casagrande e Derrick Green saem de cena no auge, aproveitando ao máximo sua força, influência e sonoridade e todos os anos de estrada em uma turnê que durará 18 meses e passará por 40 países. Um fim pra lá de digno e que mantém a relevância da banda intacta.

Os músicos deram uma entrevista coletiva para anunciar o fim da banda e a turnê de despedida celebrando seus 40 anos e o lançamento de um disco ao vivo com 40 faixas para celebrar o seu legado. “Estamos no melhor momento da história da banda e saímos de cena de uma forma muito tranquila”, explica o guitarrista Andreas Kisser. “São ciclos que se fecham e se renovam. Queremos celebrar. Não queria que o Sepultura acabasse com uma briga ou que a gente ficasse velho demais no palco”.

Muito obrigado por tudo, Sepultura! Logo menos tem mais.

Publicado em:Disco da Semana,Opinião

Conheça também...