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Chegou o Natal…

Quando era pequeno eu passava muitos natais na pacata cidade de Mogi-Mirim. Ali moravam meus avós, pais da minha mãe. Não havia uma celebração tradicional com ceia, troca de presentes e coisas do tipo. O Natal para mim era apenas mais um final de semana prolongado com bastante comida, meus pais, meu irmão e meus avós.

Depois de um tempo, meus avós vieram morar em São Paulo e por muitos anos não havia a comemoração típica de Natal. No ano de 1990 fui convidado a passar a noite de Natal na casa da minha então namorada. Mas eu sequer conhecia a família dela direito (sabe como são esses namoros do tempo do colégio? Pois é…).

Ainda tive mais uma experiência ruim em 1993. Passei as festas de final de ano com o nariz quebrado. Culpa do idiota do meu irmão que me fez o favor de quase me causar uma fratura de base de crânio por conta de uma discussão. Fui para da namorada – que já era outra – e o relacionamento não resistiu às fraturas do meu nariz. Terminei o namoro por ali mesmo. Já o Natal de 1995 foi marcante porque foi o primeiro Natal que agradeci por um presente: a saúde de minha mãe. Naquele ano, passei a noite de Natal no hospital onde ela se recuperava de uma grande cirurgia.

Os Natais seguintes foram ficando confusos. Muitas vezes fiquei em Campinas sozinho. E em uma destas noites solitárias fui surpreendido pelos meus pais que foram até lá me buscar pois não achavam justo eu passar o Natal sozinho. Para variar, não houve festa de Natal. Mas foi uma das poucas vezes que vi meu pai pensando nesta data como algo especial para a família e como era importante estarmos juntos.

Em 2004, um momento ruim. Naquele ano eu teria meu primeiro Natal com a Ana Paula. Mas uma discussão de última hora (bem de última hora mesmo) com minha futura sogra fez com que ficássemos longe um do outro. E isso quase custou nosso relacionamento. Por bem pouco, não perdi a mulher da minha vida. A partir daí, aprendi que o Natal é uma época que temos que aquietar os corações, engolir alguns sapos e manter a serenidade, tudo em nome da família. As coisas começaram a funcionar novamente depois que passei a me comportar assim. Desde então tenho passado meus Natais ao lado de minha noiva e sua família. Uma noite com ceia de Natal, troca de presentes e uma celebração para a família.

E quer saber? É bem legal… é bom ter a ceia, a troca de presentes, as músicas natalinas. A árvores de natal com as luzes piscando. Dá uma sensação de pertencimento. De que fazemos parte de algo maior. De que temos razões para celebrar e agradecer. E de fato, sempre temos.

E porque estou escrevendo tudo isso? Oras… é Natal. Por que eu iria escrever algo crítico? Quero aproveitar meu Natal ao lado de minha futura mulher. Apenas isso.

Meu votos de um Feliz Natal à todos.

Publicado em:Crônicas,Entretenimento,Noites de Insônia

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