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Fim da linha para o MSN

Nesta última semana a Microsoft anunciou que encerrará o desenvolvimento do seu comunicador instantâneo de mensagens Windows Live Messenger. Comumente chamado de MSN por seus usuários (afinal era o seu nome inicial), o comunicador dominava desde o começo do da década passada.

Não foi o primeiro…

Não foi o primeiro… não será o último. A própria Microsoft tratou de informar que o serviço será substituído pelo Skype que além de comunicação por mensagens oferece serviços de telefonia via IP (o conhecido VoIP – Voice Over Internet Protocol). A decisão é um tanto lógica… o Skype foi comprado por uma pequena fortuna (US$ 8,5 bilhões) em 2011. É natural que um serviço englobasse o outro ao longo do tempo.

Aliás, observando a história é possível concluir que nenhum programa permaneceu no topo e sempre foi substituído por algum outro com recursos diferentes. Nem mesmo o Windows escapou disso. Da versão 3.11 (a primeira realmente digna de nota) até a versão 8, muita coisa teve que mudar.

Do mIRC ao infinito

Com os comunicadores não foi diferente. Primeiro eram os canais IRC que funcionavam como salas de bate-papo e em alguns casos com alguma privacidade. Lembro que era necessário instalar o programa mIRC para este fim. Depois veio o ICQ e o seu inconfundível “oh-oh” anunciando a chegada de uma mensagem instantânea. Para utilizá-lo você fazia um cadastro e cria um UIN (conjunto numérico que identificava seu usuário no sistema). O ICQ existe até hoje, mas pelo menos no Brasil, nunca mais teve o mesmo apelo junto aos internautas.

Na onda do ICQ (que no inglês é o som aproximado da expressão “I seek you”) vieram comunicadores nativos de alguns portais como o AOL messenger (da falecida America On Line) e o Yahoo Messenger (do Yahoo!). No Brasil, portais como Terra e UOL também lançaram seus comunicadores (o do UOL tinha o sugestivo nome de “ComVC”).

Então Bill Gates olhou para o mercado de comunicadores instantâneos que outros haviam criado e viu que aquilo era bom. Resolveu então investir na área. Em 1999 surge o Messenger que tinha como trunfos o fato de ser integrado ao Hotmail (cliente de e-mail da Microsoft) e ser integrado ao Windows.

mIRC, Google Talk, MSN e ICQ… exemplos de comunicadores instantâneos

No início o ICQ manteve sua supremacia, mas aos poucos a ferramenta da Microsoft passou a incorporar novas funcionalidades e lentamente as pessoas migraram para o novo comunicador. Pelo que me lembro, eu migrei para o MSN em 2003 ou 2004. Não me lembro da data exata, mas me lembro do motivo: eu não tinha mais nenhum contato on-line no ICQ há uns 3 meses.

Aliás, foi nesta época também que surgiu o Skype. Ainda um serviço precário no Brasil por conta da pouca qualidade da conexão de banda larga no Brasil. Um pouco depois, um outro comunicador fez algum sucesso: o GTalk da empresa Google. Como vantagem ele trazia uma mistura de funcionalidades entre MSN e Skype (principalmente o VoIP) e fez algum sucesso. Confesso que nunca gostei do Google Talk.

E não será o último

E aí foi a vez das redes sociais como comunicadores. Primeiro o Orkut que trazia o recurso de mensagens no site. Não eram instantâneas, mas as pessoas gostavam de se comunicar por lá. Depois o Facebook que é um fenômeno bem mais recente. O comunicador está incorporado ao próprio site.

Agora, a Microsoft promete uma evolução na comunicação instantânea com o novo Skype. Será que teremos mais do mesmo? Em tempo: apesar do título do post quase todos os comunicadores citados aqui continuam ativos e disponíveis para download.

O Skype será a nova opção de comunicador instantâneo, segundo a Microsoft
Publicado em:Opinião,Pitacos na Tecnologia

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