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The Other Guys e o álbum Winter in Analog

Buenas! Depois de três álbuns nacionais calcados nas guitarras, caiu no meu colo o primeiro alien da playlist desse ano. Com vocês, a resenha de The Other Guys e o inclassificável álbum Winter in Analog.

Sobre o The Other Guys

A banda – que na verdade é um duo de produtores – coloca na praça um “EPzinho” continuando com sua série de discos instrumentais temáticos, onde cada álbum cobre uma estação do ano.

Esse aqui – lançado em fevereiro em pleno inverno do hemisfério norte – fez morada nos meus fones de ouvido, já que o nosso verão estava com uma baita cara de inverno,. E na melancolia das nossas tardes invernais de verão, o disquinho fez um sentido danado.

Might Joe e Isaiah... Esses são os outros caras...
“Might” Joe e Isaiah… Esses são os outros caras…

Sobre o álbum Winter in the Analog

Pode-se dizer que é um disco de rap, mesmo que não tenha o principal elemento que caracteriza o estilo: a verborragia. Os Other Guys fazem um disco instrumental. É rap? Bom… é… mas sem voz.

Na verdade, o EP abre com um beat dos caras e a participação do rapper Awon, mandando ver nas rimas em cima do instrumental personalíssimo que os caras fazem.

O álbum WInter in the Analog
O álbum WInter in the Analog

Todos os (bons) clichês do estilo estão por aqui: soul, funk setentista, jazz e trilhas sonoras dos filmes da “Blaxploitation“, aparecem por aqui. Só a nata das boas referências. Ao mesmo tempo que te bota pra dançar, é sexy e transpira sedução.

Pode ser considerado uma boa trilha sonora para uma reunião informal de amigos ou para seduzir a pessoa amada… vai da sua intenção. A verdade é que os caras fizeram um disquinho poderoso.

Edição e mixagem raiz

Assim como o nome do EP diz, tudo foi feito de maneira analógica, raiz. sem uso de tecnologias digitais. Samplers editados de discos de vinil somados a uma instrumentação orgânica… o que me fez deixar as guitarras de lado por alguns dias. Entrei de cabeça na onda dos caras e me perdi num mar de batidas, bom gosto e ótimas referências.

Em um fim de tarde frio, ou numa cama quentinha, serve perfeitamente de trilha sonora. Coisa linda! Esperando ansiosamente pelo último dos quatro EP’s, o da primavera.

Gosta da levada do rap ou das levadas black setentistas, pode cair de cabeça que a satisfação é garantida. Boa viagem! Logo menos tem mais.

Publicado em:Disco da Semana,Opinião

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