Menu fechado

Que ano meus amigos, esse tal de 2020

Tradicionalmente falando, o fim de cada ano é repleto de rituais e rotinas de passagem. Nem quero entrar no mérito da origem histórica desses ritos, mas quero refletir sobre o ano que se finda. Que ano meus amigos, esse tal de 2020.

O ano de 2020 foi algo bem atípico. Claro que não posso comparar com anos anteriores no qual não vivi, ou se vivi, não tive a capacidade cognitiva de entender que ano x ou que o ano y foram “ruins ou bons”. Mas esse ano em questão, foi algo bem intenso e único.

2020... mais um ano que se encerra
2020… mais um ano que se encerra

As redes “anti” sociais.

Apaguei a maioria das minhas redes sociais nesse ano de 2020. Obviamente, não consegui sair de todas, preciso estar conectado devido aos compromissos de trabalho. Para algum tipo de lazer ou ainda para a busca de conhecimento. Preferi ficar com as redes sociais, que não são tão invasivas assim (no que diz respeito a questões sobre informações pessoais).

Já falei em alguns textos aqui, como as redes sociais assumem vários papéis na sociedade. Alguns desses papéis podem ser prejudiciais para alguns grupos de pessoas, isso ocorre de formas diferentes. Pessoalmente, as redes sociais me deixaram cada vez mais ansioso e aumentaram ainda mais a minha procrastinação.

Covid-19 como o principal tema em tudo o que vimos
Covid-19 como o principal tema em tudo o que vimos

Um dia desses, acordei mais cedo para ir ao trabalho, fiz café e sentei no sofá. O objetivo era esperar o copo esfriar um pouco e curtir a cafeína entrando no organismo. Nesse interim, peguei o celular na mão, quase que instintivamente, na ansiedade de saber as novidades, sobre a pandemia, sobre a política, sobre a economia, sobre os games ou até sobre fofocas. Mas…. eu não tinha mais redes sociais.

Então fiquei olhando pra tela do celular e me perguntando, o que eu vou fazer para passar o tempo?

A ansiedade continua.

Achei, que se apagasse as redes sociais, me livraria dessa ansiedade. Seria o fim de assistir e ler coisas inúteis e de me irritar com elas. Ou ainda não poderia saber as atualizações sobre a pandemia (já que a tv eu larguei faz anos). Mas não.

A ansiedade pela novidade é o que me alimenta.

Ganhei um grande presente esse ano, apesar de me sentir culpado por colocar nesse  mundo um bebê, em meio a um completo caos mundial. Ela não parece se importar muito com a política externa do Brasil, nem com a alta do dólar. Suas prioridades são outras.

Cuidar de um bebê não é algo tão fácil e simples assim. Estou há quase um mês com um misto de sensações e sensibilidades que até então nunca tinha sentido. Algo inexplicável.

Ainda tem o COVID-19

Além disso tudo, a pandemia de covid-19 ainda perdura. Nós não aprendemos a lidar com uma doença contagiosa.

A pandemia continua

Por questões egoístas (de todos), ainda estou em casa, sem contato com pessoas e sem sair de casa para passear ou jantar. Nem pense, nobre leitor, em teorizar sobre questões de saúde, economia, política ou qualquer coisa do gênero, que tenham relação com o COVID-19. Já saí das redes sociais pra não querer saber sobre teoria nenhuma de internet.

Me perdoe e me poupe.

Bom, 2020 foi completamente diferente. Espero que as coisas mudem para o próximo ano. Mudem no sentido de que se tente voltar a um cotidiano saudável. Pronto, lá estou eu de novo criando a ansiedade, para que o ano comece logo e que seja melhor que esse.

Realmente eu não aprendo.

Publicado em:Amarelinhas,Crônicas,Entretenimento

Conheça também...