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Vem cá!

Vem cá!

Chegue mais perto
Se aproxima enquanto a palavra se apodera da rima
Não se estranhe, não é deslize

Seja o insisto um verbo calado ou outra via de algo não conjugado
Seja meus olhos a te percorrer com receio da solidão recente
Enquanto ainda pensava no sabor delicado de seu lábio ardente

Vem cá
Sou impaciente
Divirjo dos pecados adquiridos
Pois me sobra nesse momento loucura e libido
E me debruço sobre seu olhar recoberto desse vício

Portanto, chegue mais perto
Vem à guerra, pois na dança se faz à paz
Tira essa roupa que não te deixa livre em arrepio
Se aveluda de meu lábio entreaberto

Se deixe vagar nesse espaço de silêncio e umidade
Pois a própria imagem não te desafora
Só te mostra nua em tua carne

Vem cá
Se aproveite
Seja a energia limpa que não me limita
Troque a sombria nota que se assola na dúvida
Pela força bruta do descansar de minhas pernas amparando as suas

Vem cá
Já é quase noite
Ainda não fomos apresentados
E no mote de se encontrar um norte na perdição
Perdido estou no corte e dos seus seios em minhas mãos

Verei se pode
Na doce pele que te encobre
Ser lúcido ou poeta entregue as trevas
Na relva que se desfaz no pesar de nossos portais

No lençol sem travesseiro
No ritmo intenso
Não sou mais eu, nem ela é ela, sou mais ela, ela sou eu
Somos nós a sós

Publicado em:Crônicas,Entretenimento,O Sujeito Oculto

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