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Confesso: Julie Delpy

A Confissão

Confesso: já tive uma paixão platônica por Julie Delpy. Deveras, já caminhei ao seu lado pelas ruas de Viena conversando sobre a vida, tentando me ambientar num universo em que acabávamos de conhecer. Da mesma forma, já a reencontrei em Paris após anos sem nos comunicar, afinal vivíamos aquele universo que parece inalterado quando se descobre vivo. Por fim, afirmei nosso envolvimento discutindo nossa relação na Grécia, afinal não há universo que não seja feito de catástrofes, antessala de nossa extinção.

O Pecado

Não sou Ethan Hawke, mas coloquei Julie Delpy em meu coração. Seja num beijo antes da meia-noite, num olhar antes de servir o café e antes de provarmos o amor após o meio-dia. Não obstante, já pensei em fazer qualquer coisa para ficar com ela, confessando nesse amor platônico o desejo mais egoísta e verdadeiro. Assim parecem as paixões, livres de enredo, senhores dos roteiros, dependentes de desejo. Porque as paixões nos cegam a mente e nos abrem os olhos para coisas além da vista. Por isso não cessam as escritas dos sonhadores, que tem nas emoções acumuladas, suas sobras de vida com suas dobras de sonhos.

A Penitência

Sim, tenho essa paixão avassaladora por uma mulher artista, ainda assim, perfeita. Pois, sob sua direção seria um ator correto e sob sua divindade um crente obediente. Adversamente, seria o amante mais liberto, ativando o pecado no modo “hard”, colocando assim para que os jogos dos corações se prevaleçam em carga máxima. Em algum momento, essa mulher perfeita dará a nuance da ilusão, trazendo os detalhes como parte da vida e que jamais se esqueça. Portanto, és a essência de toda paixão, e vejam só, ainda toca violão, já pensou?? Por isso nem penso, sob o risco de ter mais uma paixão reprimida, mas confesso essa mesma paixão em razão da simples loucura.

Publicado em:Crônicas,Entretenimento,O Sujeito Oculto

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