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Confesso – Juliette Binoche

A Confissão

Confesso: já tive uma paixão platônica por Juliette Binoche. Não, não tive não, tenho e terei amanhã e depois… Certamente, Paris está em mim, iluminando-me em minhas trevas, da mesma forma a Côte D’azur que me coloca nu em Saint-Tropez. Nesse sentido, nada mais me importa quando a arte se encontra com a gastronomia e sinto a fronteira entre o equilíbrio. Por isso, a desejo e sinto me dissolvendo entre a boca e o queixo de Juliette, em u misto de sabores e pensamentos. Porém, se nada der certo, ainda teremos Paris, e Paris pode ser qualquer lugar ao seu lado, pois no jugo, já me sinto raptado.

O Pecado

Com Juliette Binoche esqueço de mim mesmo e tampouco lembro a distância que vivo. Ainda mais, enalteço a paixão pelo avesso, pois sua sensualidade se faz pela lembrança em cena. Do mesmo modo, no gracejo de um sorriso discreto e pelo olhar em soslaio, curvo-me por completo numa paixão mais ativa. Enquanto me vejo, estou alegre e tonto, em fantasia e delírio, entregando-me em beijos e descansando num forte abraço com corpos colados pelo ar. Antes que essa entrega conclua que não é necessário mais falar, haverá um só calar e uma cama macia que não nos faltará. Antes que respire em seu suspirar, eu já nem sei com quais pernas irei me recuperar.

A Penitência

Do alto dessa minha tara madura, oriunda de tantas taras tardias, está a origem delicada de cada troca anunciada. Agora, que ninguém se engane com essa carinha de anjo, que esconde a mulher geniosa indomável. Em contrapartida, que ninguém tente entender esse meu deleite de estar onde jamais fui. Acima de tudo, já estamos fechados em vínculos futuros, frisando minha eterna utopia. Portanto, que essa rara fantasia absoluta seja as juras de paixão a ser consumida. Afinal, parece esconder uma receita livre a ser seguida e há segredos guardados que só confesso a mim mesmo e à fria orelha de Juliette.

Publicado em:Crônicas,Entretenimento,O Sujeito Oculto

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