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A morte de Steve Jobs

Com a morte de Steve Jobs, muita gente buscará momentos que definiram sua vida e seu legado para a história da tecnologia. Gênio talvez seja uma palavra que pode defini-lo. Ele foi um dos fundadores da Apple, um dos visionários da tecnologia. De uma coisa podemos estar certos: a maneira como utilizamos um computador, como são os celulares, como ouvimos música e vídeos… boa parte do que temos por aí hoje se baseia em suas ideias. Ou melhor, da sua visão para transformar tudo isto em verdadeiros objetos de desejo.

Quem conhece sobre a história da tecnologia da informação tem muito o que agradecer a ele e sua equipe criativa. É claro que sua trajetória é movida por altos e baixos, que seu temperamento era algo a ser explicado e que nem sempre ele acertava. Mas entre erros e acertos, o saldo é bem positivo. Macintosh, iMac, iPhone, iPad, iPod, iTunes… e tantos outros produtos e serviços.

Claro que a Apple não poderia deixar de se manifestar nesta ocasião. E assim o fez:

“A Apple perdeu um criativo e visionário gênio, e o mundo perdeu um ser humano maravilhoso. Todos nós que fomos afortunados em conhecer e trabalhar com Steve perdemos um querido amigo e um mentor inspirador. Steve deixa uma empresa que só ele poderia ter construído, e seu espírito será para sempre o pilar da Apple”

Steve Paul Jobs nasceu em São Francisco, em 24/02/1955. Ele fundou a Apple com seu amigo Steve Wozniak e o investidor Mike Markkula em 1976. A empresa cresceu e fez sucesso com o computador Apple II e isso permitiu que novos produtos fossem desenvolvidos. Jobs era antes de tudo um perfeccionista e inspirado pelo surgimento da interface gráfica desenvolvida pela Xerox, ele acabou por desenvolver outro grande sucesso… o Macintosh.

No entanto, por seu temperamento forte e divergência com os investidores, ele acabou sendo afastado do controle da empresa que ele mesmo criou. Ele fora literalmente demitido. Em seguida, fundou a NeXT, empresa voltada para o desenvolvimento de plataformas educacionais. A Apple por sua vez mergulhou em uma grave crise financeira e institucional e quase à beira da falência, comprou a NeXT em 1997 trazendo Jobs para o comando criativo da empresa.

Jobs fez tudo a seu alcance para recuperar a empresa que ele mesmo criara anos atrás e não mediu esforços para isso. Vendeu 40% da empresa para arquirrival MIcrosoft, o que salvou a empresa. Reestruturou a linha de produtos da empresa e introduziu o iMac com seu novo sistema operacional, o Mac OS 9. A estratégia deu certo, a Apple conseguiu aos poucos equilibrar as contas e com o tempo readquiriu a fatia que fora vendida para a Microsoft.

A partir deste ponto de virada, a empresa passou a mirar em outros mercados, além dos computadores. vieram o tocador portátil de música iPod, a loja de música digital iTunes e posteriormente o iPhone que quebrou os paradigmas dos smartphones ao apresentar um aparelho com tela tátil, sem teclado físico. O sucesso foi tamanho que o homem Steve Jobs deu lugar a lenda, e suas keynotes para apresentação de novos produtos eram verdadeiras celebrações à suas ideias.

Mas durante todo este sucesso, Jobs foi diagnosticado com câncer de pâncreas em 2003. E desde então ele lutou contra a doença, ao mesmo tempo que controlava com mãos de ferro os rumos da Apple. Ele foi genial em criar um mito em torno de sua personalidade e conseguia como ninguém obliterar seus pontos negativos. E eles existiam aos montes. Em agosto deste ano, com o agravamento de sua doença, ele renunciou ao cargo de CEO e indicou Tim Cook como seu sucessor. Steve Jobs morreu hoje em Palo Alto, após sofrer uma parada cardíaca.

Steve Paul Jobs (São Francisco, 24/02/1955 – Palo Alto, 05/10/2011)

O mundo ainda terá boas ideias. Mas as ideias de Jobs farão falta…

Publicado em:Opinião,Pitacos na Tecnologia

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