Em 2010, quando ingressei no curso de Ciências Biológicas na USP, fui recebido como qualquer calouro: trote, brincadeiras, boas-vindas, folhetos com informações sobre atividades acadêmicas, manuais, etc.
Entre tantas coisas, uma foi um tanto diferente: todos os ingressantes receberam uma pequena muda de ipê amarelo embalada em um envelope de papel reciclado. Confesso que achei interessante, mas não foi algo que me motivou a pegar um vaso, enchê-lo com terra e plantar a muda.

Hoje, arrumando as coisas aqui em casa, encontrei o envelope. Pensei em jogá-lo fora, afinal de contas já se vão tantos anos que provavelmente a muda morreu. E aí finalmente eu li o que estava escrito no envelope…
“Sementes em solo vivo podem levar meses ou mesmo anos para germinar e ideias nas mentes de jovens podem levar muito mais. A paciência é necessária, por mais que a mudança seja urgente. Não há porque perder a esperança de logo ver os frutos. E enquanto esperamos, nosso aprimoramento pessoal não tem porque cessar”
Felipe Carvalho B. Cavalcanti – Graduando em Ciências Biológicas ESALQ/USP – Monitor do Projeto PONTE
Vou procurar um vaso, e plantarei a pequena mudinha. Ainda que ela não sobreviva, não tenho porque perder a esperança. Perdi sim muita coisa… mas a minha vida terá que continuar.
E o meu objetivo continuará o mesmo.