A Copa acabou… e o bom futebol também. É Isso mesmo: acabou o futebol arte. As melhores seleções já não jogam mais. Craques da Europa vão curtir suas férias e se preparar para a próxima temporada. Os destaques com certeza serão promovidos para outros times. Na final deu a lógica. Mas vamos falar sobre a copa que realmente nos interessa.
E de qual Copa estamos falando mesmo?
Eu estou falando da Copa do Mundo Feminina 2019.
Certamente, o nobre leitor, pode ter imaginado, que falaríamos aqui sobre a Copa América de Futebol Masculino, que se encerrou no último dia 07 de junho. Ali, a Seleção do Brasil – com um futebol bem irregular desbancou seleções igualmente (ou até mais) irregulares que ela e se consagrou como campeão em pleno Maracanã.
Em outras palavras, quem se importa com a Copa América?

A Copa que realmente nos interessa
Como dizer isto de um modo sucinto? Simples!
O que importa é a Copa do Mundo Feminina. Ponto.

Foram 24 seleções, divididas em 6 grupos, que disputaram a Copa na França. Se classificavam as 2 melhores seleções de cada grupo e os 4 melhores terceiras colocadas.

Depois seguiu a segunda fase, com o sistema de mata-mata. Com oitavas-de-final, quartas-de-final, semifinal e final.

USA… USA… USA!!!
Após 48 jogos, a seleção dos Estados Unidos se consagrou como tetracampeã. Com a Artilheira e a melhor jogadora Megan Rampinoe. Se no futebol masculino, os americanos não têm tanta tradição, o inverso se vê no feminino. Aqui, elas são a potência do futebol.

E Seleção Brasileira? Nos interessa?
Sim… e muito. Apesar de termos a melhor jogadora do Mundo – Marta, camisa 10 da equipe – a seleção brasileira teve muitas dificuldades em se classificar.
Com a terceira maior pontuação na fase de grupos e enfrentou as donas da casa, a França na segunda fase. Saindo mais cedo da competição (nas oitavas-de-final), perdendo o jogo por 2 a 1. Isso só mostra o nível alto dos times que estavam na competição.

Mas, a eliminação precoce demonstra a falta de preparo e estrutura que as jogadoras do brasil passam. O que se falou nessa Copa, foi o dinheiro. Seja para explicar como manter o futebol feminino no topo, como explicitou Megan Rampinoe na coletiva de imprensa, ou ainda para justificar a saída prematura e o despreparo físico e técnico das atletas brasileiras.
Dessa forma, após ler o breve resumo, não conseguimos dimensionar a qualidade do futebol feminino, nem a empolgação da torcida.
Mas, foram jogos muito bons, com vários recordes de público, que ocorreram, na quantidade de pessoas assistindo a competição, sendo que a maioria das jogadoras pode parecer desconhecidas para o grande público do mundo todo.
E o que faz o futebol feminino ser um bom futebol?
Certamente, acreditamos que o futebol bem jogado das mulheres nos traz referências ao Futebol Masculino de qualidade do passado. O futebol moderno dos homens, tem um enfoque muito grande na força e no preparo físico.
É um futebol feio, de correria e sem graça. Mas no feminino não é assim, o futebol é feito de passes, lançamentos, dribles, tabelas, chutes, algo muito mais técnico.

Por exemplo, todo o jovem brasileiro sonha em ser jogador. Acima de tudo, nós também. Mas, a dica dos mais velhos sempre foi clara e precisa:
“No futebol, quem corre é a bola, faça a bola correr, não corra atrás da bola”.
Uma frase que resume o que é técnica e o que faz o futebol ser belo de se ver…
Por isso o futebol feminino está em alta. Não por ser passível de comparação ao futebol masculino, mas sim por transparecer ao torcedor e expectador, um conjunto brilhante de técnicas de jogo, que acendem a esperança de que o bom futebol não morreu.
Mas agora, voltamos a ver os nossos campinhos de várzea. Além disso, o campeonato brasileiro já está aí. Não tem o que fazer. Só se lembrar de um passado que vai voltar na próxima olímpiada.
#Gratidão