Buenas! Não sei foi o clima por aqui, ou se foi a incredulidade pela morte recente de um dos músicos mais absurdos a pisarem nesse planeta, o inimitável Eddie Van Halen, mas posso dizer com todas as letras que essa semana estou meio sorumbático. Azedo até. E nesse clima, me caiu no colo uma obra peculiar. O álbum “Pixies Reimagined”, de Frederik ‘t Kindt.
Apropriação ou um tributo?
Se apropriando do conceito e se autodeclarando fã da banda, eis que nosso intrépido músico resolveu lançar um disco reconstruindo as canções dos Pixies, em um formato digamos, bem longe do original. Todas as canções escolhidas foram transformadas em algo bem próximo do que o pianista Richard Clayderman fazia nos anos 80. Ele vertia todas as músicas em típicas canções de elevador ou loja de departamento. E o piano faz a melodia da voz, quase numa versão acústica do que depois se tornou o fenômeno Videokê.
Munido de seu piano e vez por outra acompanhado de um violino, o inglês consegue acabar com a magia e todo o clima caótico das canções, matando toda a sua essência. Saem as letras cheias de metáforas e personalidade, o instrumental barulhento que misturava influências flamencas, de surf music e punk rock para dar lugar a um piano pra lá de sem graça. Sem vida. Sem alma.
Sobre o álbum “Pixies Reimagined“
De um minimalismo preguiçoso, a produção entrega um disco com pouca imaginação, conseguindo deixar algumas das músicas irreconhecíveis. Os timbres são cristalinos e ao invés da verve roqueira dá espaço a um clima soturno. E sem inspiração alguma.
Tá, mas é ruim? É! Muito! Se você gosta de Pixies, passe longe, simples assim. Mas caso você fique com a pulga atrás da orelha e queira degustar de tal iguaria, te deixo a playlist abaixo, mas que fique avisado: Por sua conta e risco!
Logo menos tem mais.