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Para lembrarmos de Sean Connery

Sean Connery há muito dispensa apresentações. Hoje, menos ainda. O mundo reconhece sua obra de forma solene, no dia de sua morte. Um artista eternizado em uma grande obra de filmes para todos os gostos. Com mais acertos que erros e picos de muita competência em cena. A coluna Sem Pipoca elaborou um pódio com três de seus filmes essenciais, aqui dispostos de forma aleatória, inclusive com o nosso tradicional Tapetão.

Enfim, Sean Connery foi e sempre será Sean Connery, dentre outras razões, por:

Encontrando Forrester

Um relato sereno e profundo sobre a amizade, companheirismo, solidariedade e crença no próximo. A história de um menino negro do subúrbio cujo caminho se cruza com o de um velho arredio que na verdade é um escritor recluso, tornado assim por se sentir desconcertado por seu próprio sucesso.

Encontrando Forrester é uma sensível história de amizade e descobrimento
Encontrando Forrester é uma sensível história de amizade e descobrimento

Do mesmo diretor de Gênio Indomável (inclusive, Matt Damon aparece no final), Sean Connery contracena com o jovem ator Robert Brown e em cena os dois personagens vão se descobrindo, trocando ensinamentos numa amizade muito improvável mas que funciona.

Um passeio leve sobre coisas sérias da vida, sobre feridas que trazemos sem nem saber ao certo a razão e sobre superação. E aqui, tanto o velho rabugento quanto o adolescente inquieto encontram sentido novo para suas vidas.

O nome da rosa

Na Idade Média, o monge franciscano William de Baskerville (Connery) chega a um convento na Itália, acompanhado de um noviço (Christian Slater, com 15 anos à época) inicialmente para fazer um levantamento sobre seu acervo, mas se depara com mortes muito estranhas que vão ocorrendo com o passar de sua estadia.

Uma investigação sem precedentes em O nome da Rosa
Uma investigação sem precedentes em O nome da Rosa

Ele passa a investigar as mortes e temos daí uma instigante trama de suspense tendo ao fundo as tensões da Igreja, na época a Dona do Mundo. Rodado a partir de um romance de Umberto Eco, discute o acesso ao saber como instrumento de poder. Há um livro misterioso e proibido onde se lê que o riso é uma possibilidade de se chegar à verdade e atingir a transcendência. As mortes estão ligadas a este livro. Mais que isso, estão ligadas a quem ousa pensar por si naquele tempo de opressão.

Uma aula de história, filosofia, ciência e uma aula de Connery.

Os intocáveis

Conta a saga do Agente do Tesouro Americano Elliot Ness (feito por Kevin Costner) para prender o mafioso Al Capone (Robert De Niro… sensacional). Diante da corrupção generalizada da polícia de Chicago, Ness recorre a policiais insuspeitos para formar seu grupo, que por não se render às investidas de Capone (leia-se “subornos”) acaba ganhando o apelido de “Os Intocáveis”.

O incorruptível Malone deu a Connery um Oscar de melhor ator coadjuvante
O incorruptível Malone deu a Connery um Oscar de melhor ator coadjuvante

Um destes policiais é o incorruptível velha-guarda Malone (Connery), que ainda faz patrulha noturna, um posto de iniciantes, por não ter se dobrado às propinas. Brian de Palma fez um thriller eficiente, intenso e violento como foram aqueles dias de Lei Seca.

Por esta interpretação, Connery ganhou aquele que foi o seu único (e merecidíssimo) Oscar.

Serviço

Encontrando Forrester (Finding Forrester, EUA, 2000) Direção Gus Van Sant. Elenco: Sean Connery, Robert Brown, F. Murray Abraham

O nome da rosa (Le nom de la rose, França/Itália/Alemanha, 1986) Direção: Jean Jacques Annaud. Elenco: Sean Connery, Christian Slater, F. Murray Abraham, Valentina Vargas.

Os intocáveis (The Untouchables, EUA, 1997) Direção: Brian de Palma. Elenco: Kevin Costner, Sean Connery, Robert De Niro, Andy Garcia.

Tapetão

Claro… “007 contra Goldfinger”, na opinião da Coluna o melhor filme do agente com seu melhor intérprete. Connery brigou um tempo para não ser relacionado com Bond, ou “apenas” com Bond, mas morreu em paz com ele. RIP, Sir.

Post Scriptum (pelo Editor)

A Redação UBQ lamenta a morte do grande ator Sean Connery e agradece o empenho do nosso colunista em preparar quase que de imediato esta pequena homenagem a um grande ator que com certeza fará falta e será lembrado não só por um único papel, mas por sua extensa obra.

Obrigado Michel… Obrigado, Sir Sean Connery.

Publicado em:Opinião,Sem Pipoca

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