Buenas! Nesses últimos tempos andei retomando alguns clássicos da minha adolescência, e entre esses discos que ajudaram a forjar o meu gosto musical, um deles chama a atenção pela obscuridade. O clássico de 1992, “Baby´s Angry” dos ingleses do Revolver.
Banda formada em Londres, no início dos anos 90 por Mat Flint (guitarra/vocal), Hamish Brown (baixo) e Nick Dewey (bateria) e que fazia o que se convencionou a chamar de “shoegazer”: bateria e baixo marcantes, com guitarras absurdamente barulhentas e hipnóticas.
![Mat Flint, Hamish Brown e Nick Dewey... os integrantes da banda Revolver](https://umblogqualquer.com.br/wp-content/uploads/2022/07/220708_discodasemana_01.png)
A produção é bem enxuta e capitaneada por Guy Fixsen, não tem muitos malabarismos ou firulas e valoriza a sonoridade mais barulhenta dos caras, mas diferentemente de outras bandas do gênero que cantavam de maneira sussurrada, com a voz encoberta pela parede de guitarras, o Revolver dividia as atenções entre o barulho e a grande qualidade vocal de seu líder.
Mesmo em meio ao caos e marcado por uma avalanche de distorções, conseguem soar surpreendentemente pop. Todas as músicas dessa compilação tinham um potencial gigante para levá-los ao sucesso, coisa que surpreendentemente não aconteceu. Aqui está um caso de uma banda que surgiu na época certa, no lugar certo, com a sonoridade certa e que mesmo assim não deu em nada, mas que faz a alegria dos caçadores de raridades.
![O álbum "Baby's Angry"](https://umblogqualquer.com.br/wp-content/uploads/2022/07/220708_discodasemana_02.png)
Em “Baby’s Angry”, o Revolver mostra o auge criativo de uma banda que era o retrato do seu tempo, o problema é que esse auge durou muito pouco. As baixas vendas fizeram a gravadora Hut romper o contrato com a banda em 1994, levando-a ao fim de maneira muito precoce. Indicadíssimo para os amantes de guitarras barulhentas e de melodias assobiáveis. Quer conhecer o novo mesmo que nesse ano ele complete 30 anos? Pode se jogar de cabeça. Discoteca mais do que básica… é essencial.
Logo menos tem mais.