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Os Samurais brilharam (Rodada de 23/11/2022)

Quarto dia de copa do mundo e mais quatro jogos! Hoje temos estreias importantes como da vice-campeão Croácia, a sempre perigosa Bélgica, além das ex-campeãs Espanha e Alemanha. Tudo leva a crer que poderíamos ter jogos interessantes. Será que foi isso mesmo? É o que você confere a partir de agora em mais uma resenha da rodada.

Marrocos x Croácia – Ficou no 0 x 0

O futebol da Croácia tem suas origens na escola iugoslava de futebol. Não é exatamente um futebol gingado, mas eles jogam sempre um futebol força, baseado na forte marcação e controle da bola no meio campo. Os jogos da Croácia não costumam ser bonitos, mas são pegados. E não dá pra desprezar o fato de que eles são os atuais vice-campeões mundiais. E eles estão em sua sexta copa consecutiva. Como destaques, o técnico Zlatko Dalic conta com muitos dos jogadores que estiverem na Rússia, casos de Brozovic, Kovacic e Modric, que compõe um forte trio de meio-campo, e do ponta Perisic.

Do lado do Marrocos temos uma seleção está na sua sexta copa, sendo a segunda consecutiva. Sua melhor participação em copas foi em 1986 quando chegou às oitavas-de-final, terminando na 11ª colocação. Sua maior conquista foi a copa africana em 1976 e – sejamos honestos – estão mais na condição de figuração do que de protagonismo. Pelo menos em teoria. Entre seus destaques, estão Hakimi,, Mazraoui, Ziyech e En-Nesyri é o homem de referência.

O jogo começou bem amarrado, como era previsto. Desde o começo a Croácia buscou manter o controle da posse de bola no meio campo, deixando poucos espaços para o Marrocos construir suas jogadas. A tática funcinou até mais ou menos os 15′, quando o Marrocos conseguiu se soltar um pouco mais em campo.

Mas a primeira boa chance no jogo veio no minuto seguinte com jogada da Croácia. Amallah errou passe no campo de defesa, Perisic interceptou na intermediária e soltou uma bomba de canhota, mandando por cima do gol.

O jogo ficou bastante disputado no meio campo com os times buscando espaços, mas sem conseguir criar jogadas ofensivas. E preciso reconhecer que não é exatamente um jogo chato, mas é um jogo amarrado com cada time esperando que surja uma boa chance. E apesar da Croácia ter mais posse de bola, quem chutou mais a gol foi o Marrocos com 5 finalizações contra apenas 1 da Croácia.

E foi no finalzinho do primeiro tempo, aos 45′ de jogo que a Croácia criou perigo. Sosa cruzou rasteiro da ponta esquerda, Vlasic se movimentou esticando a perna para finalizar na pequena área. Bono fechou muito bem o ângulo e fez importante defesa.

Na sequência, Perisic cobrou arremesso lateral para a grande área, Vlasic pegou a sobra e foi travado. No rebote, Modric soltou bomba de canhota e mandou por cima do gol! E com isso tivemos o final do primeiro tempo.

As equipes voltaram para o segundo tempo com apenas uma alteração na Croácia, com Pasalic no lugar de Vlasic. E como era de se prever, a segunda etapa começou com o meio campo amarrando as jogadas sem muita efetividade.

Aos 50′ surgiu boa chance para o Marrocos. Boufal soltou uma bomba de fora da área e a bola explodiu em Lovren. Norebote, Mazraoui cabeceou de peixinho e Livakovic espalma a bola. Dois minutos depois foi a vez da Croácia levar algum perigo, Modric cobrou escanteio fechadinho da esquerda e Bono mergulhou para espalmar. No rebote, Lovren finalizou de carrinho, sendo bloqueado por Amrabat.

Jogador marroquino testou na tentavia de gol

O jogo estava morno e aos 59′ o Marrocos fez sua primeira substituição, trocando Mazaroui por Allah. E o jogo continuou morno até os 63′, quando em cobrança de falta, Ziyech rolou a bola e Hakimi soltou um petardo da intermediária. Livakovic defendeu de soco no canto esquerdo. Na sequência, o Marrocos fez mais uma substituição, trocando Boufal por Ezzalzouli.

Estou sendo repetitivo, certo? Mas o jogo continuo sem efetividade. Croácia mantendo a posse de bola trocando passes sem criar nenhuma chance e gol. E aos 70′ foi a vez da Croácia mexer no time. Kramaric deu lugar para Livaja. Na sequência, Modric cobrou falta da meia direita buscando Pasalic na pequena área, En-Nesyri se esticou para afastar e mandou por cima do próprio gol.

Apesar dos dois times marcarem forte, o jogo não é violento. Tanto é que o primeiro cartão do jogo saiu só aos 77′ para o Marrocos. E após isso, novas substituições tanto na Croácia (Majer no lugar de Kovacic) como no Marrocos (Sabiri no lugar de Ounah e Handallah no lugar de En-Nesyri.

E o jogo seguiu assim, sem grandes sustos ou emoções. No finalzinho a Croácia ainda mexeu mais uma vez, trocando Perisic que deu lugar para Orsic. O árbitro ainda concedeu seis minutos de acréscimos, mas nem assim tivemos alguma nova emoção. O jogo não foi ruim. Tão foi longe de ser bom. Bom para o Marrocos que garante um pontinho. ruim para a Croácia que tem o peso do favoritismo agora em risco.

Resumo do Jogo

  • Marrocos 0 x 0 Croácia – Al Bayt Stadium, Al Khor – 23/11/2022 – 07h (Brasília)
  • Seleção do Marrocos: Bono; Hakimi, Aguerd, Saiss e Mazraqui (Attiat-Allah); Amrabat, Ounahi (Sabiri) e Amallah; Ziyech, Boufal (Ezzalzouli) e En-Nesyr (Hamdallah). Técnico: Walid Regragui
  • Seleção da Croácia: Livakovic; Juranovic, Lovren, Gvardiol e Sosa; Brozovic, Kovacic (Majer) e Modric; Vlasic (Pasalic), Perisic (Orsic) e Kramaric (Livaja). Técnico: Zlatko Dalic
  • Árbitro: Fernando Andrés Rapallini; Assistentes: Juan Pablo Belatti e Diego Yamil Bonfá
  • Gols: partida sem gols
  • Cartões amarelos: Arrabat (MAR)
  • Público: 59.407
  • Confira os melhores momentos do jogo no site da FIFA

Alemanha x Japão – A evolução dos samurais

Após o fiasco de 2018, a Alemanha chega ao Catar disposta a recuperar o prestígio perdido por conta da eliminação precoce ainda na primeira fase. Quatro vezes campeã mundial e um dos nossos maiores algozes (como esquecer o 7×1 e 2014?). Seu histórico recente não ajuda, tendo sido eliminada de forma precoce na Liga das Nações e em seu último amistoso venceu por um miúdo 1×0. Quanto aos destaques, Hansi Flick conta com Neuer, Rudiger, Kimmich, Gundogan e Muller.

O Japão marca presença em copas consecutivamente desde 1998 e tem como melhores resultados as oitavas-de-final em 2002 – quando sediou o evento – e em 2018 quando foi eliminada pela Bélgica, mas num jogo bem parelho. Não fez feio. E é atualmente vice-campeã da Copa da Ásia. É a também a seleção que conta com a torcida mais simpática e gentil dos mundiais, sempre um destaque nos mundiais. O técnico Hajime Moriyasu tem como destaques Ito e Kubo, além do volante Endo.

Antes da bola rola, a equipe alemã fez um protesto bem inteligente. Por conta da proibição da braçadeiras de capitão em prol da causa LGBT, já que o Catar é intolerante a esta causa. A FIFA chegou a ameaçar punições com cartões amarelos para os capitães que usassem a tal braçadeira. As seleções então tiveram que ceder, mas não se calar. E foi exatamente o que a equipe alemã fez. Mostrou ao mundo que foi calada à força. Apesar do registro na foto oficial, a FIFA deu um jeitinho de omitir o protesto durante a transmissão.

A Alemanha fez um protesto bem inteligente durante a foto oficial do jogo.

O jogo começou com a Alemanha tentando reter a posse da bola, até com certo exagero e o Japão com um meio campo bem tumultuado, com cinco jogadores. O plano pelo visto era sufocar a saída de bola alemã. Aos 7′ foi o Japão que levou perigo. Kamada desarmou Gundogan no campo de defesa, iniciou o contra-ataque em velocidade e abriu na direita para Ito, que cruzou na medida para Maeda completar para o fundo do gol. O bandeirinha marcou o claro impedimento do atacante que nem precisaria do VAR para marcar.

O jogo é movimentado, mas a Alemanha tem dificuldade em vencer a forte marcação japonesa. Aos 15′ Kimmich cobrou escanteio aberto, Rudiger cabeceou na segunda trave e mandou à esquerda do gol, com perigo. A Alemanha tenta agora jogar com lançamentos em profundidade, já que está bem complicado vencer a marcação japonesa no meio campo.

Aos 19′ Kimmich pegou uma sobra na entrada da meia-lua, encheu o pé e Gonda espalmou no canto direito. A Alemanha começa a encontrar algum espaço para construir seus ataques.

Aos 27′ Gundogan recebeu de Gnabry pela faixa central, e chutpu colocado ao invés de abrir para Raum pelo lado esquerdo da área. Gonda encaixou no centro do gol. Alemanha tem mais posse de bole e conseguiu segurar o Japão no seu próprio campo e começa a crescer na partida. No minuto seguinte Raum cruzou da esquerda, Gonda mergulhou para espalmar para frente e Gundogan pegou o rebote. O meio-campista finalizou e Yoshida bloqueou de forma providencial.

Aos 30′ pênalti marcado para Alemanha! Raum recebeu lançamento espetacular de Kimmich pelo lado esquerdo da área, driblou para trás na saída de Gonda, caiu na primeira chegada do goleiro, tentou se levantar e foi derrubado novamente. O árbitro poderia ter escolhido qualquer uma das quedas para marcar o pênalti. Gundogan bateu e converteu, abrindo o placar.

Pênalti marcado contra o Japão que a Alemanha aproveitou para abrir o placar

A Alemanha consegue manter a posse de bola e abafa a saída de bola do Japão com muita paciência e bastante toque de bola. O Japão pareceu ter cansado e pouco subiu ao ataque.

Nos acréscimos, Kimmich finalizou da meia-lua, Gonda espalmou no cantinho direito do gol, Gnabry pegou o rebote e bateu cruzado. Completamente livre na pequena área, Havertz apenas empurrou para a rede. Mas a alegria durou pouco, análise do VAR mostrou irregularidade com o impedimento do atacante no momento da assistência de Gnabry. Segue o jogo com o placar de 1×0 até o fim do primeiro tempo.

As equipes retornaram para o segundo tempo e o Japão fez uma alteração, colocando Tomiyasu no lugar de Kubo. Alemanha é a mesma. No primeiro minuto da etapa final, Muller arrancou desde o meio-campo e abriu para Gnabry pelo lado direito da área. O jogador encheu o pé, a bola bate na trave e vai para fora.

Aos 50′ Musiala fez grande jogada individual na grande área, dando dribles curtos contra vários marcadores japoneses, porém finalizou por cima do gol. Foi bonito… mas resultou em nada.

Aos 56′ o Japão mexeu no time novamente, sacando Nagatomo e Maeda com as entradas de Mitomq e Nasano. A seleção japonesa opta por um time mais ofensivo.

Bela jogada alemã aos 59′. Gundogan recebeu de Musiala, chutou colocado da entrada da área, a bola triscou no pé da trave e foi para fora. O jogo segue com domínio alemão e aos 66′ a Alemanha sacou Müller e Gundogan colocando para jogar Hofmann e Goretzka.

Boa sequência da Alemanha aos 70′. Kimmich fez o lançamento para a grande área, Gnabry não foi fominha e ajeitou para Hofmann, que tentou tirar de Gonda, mas parou em defesaça do goleiro. Na sequência, Gnabry chutou colocado de canhota e Gonda espalmou no canto direito. Ainda tivemos no decorrer do lance, Raum cruzando da ponta esquerda. O camisa 10 alemão cabeceou para baixo e o goleiro espalma no cantinho mais uma vez. Após o susto, o Japão promove mais uma substituição, com Doan no lugar de Tanaka.

O Japão pressiona e aos 73′ Ito foi lançado na grande área, matou no peito e finalizou para grande defesa de Neuer, que espalmou. No rebote, Sakai mandou por cima do gol. Em seguida, nova substituição do Japão com Minamino no lugar de Sakai.

O momento do Japão é bom e aos 75′ veio o empate. Minamino recebe de Mitoma pelo lado esquerdo da área, bateu cruzado e Neuer espalmou No rebote, Doan completou para o fundo do gol. Tudo igual no placar. Japão cresce no jogo. A Alemanha faz mais duas substituições aos 78′. Füllkrug no lugar de Havertz e Götze entra no lugar de Musala.

E aos 82′, eis que soltaram o camelo zebrado em campo de novo… Em cobrança de falta do campo de defesa, Itakura fez um lançamento espetacular, Asano dominou com muita categoria, passou em velocidade por Schlotterbeck já na grande área e finalizou no alto do gol para virar o jogo. No placar, Alemanha 1 x 2 Japão.

Alemanha busca a reação e promoveu uma substituição aos 89′ colocando Moukoko no lugar de Gnabry. A esta altura, buscar o empate já será uma vitória. E serão sete minutos de acréscimos.

E a Alemanha quase marcou! Hofmann fez a ligação direta, Fullkrug ajeitou de cabeça, Goretzka chutou de primeira e mandou rente à trave direita. Foi quase. No finalzinho, Na cobrançade falta Kimmich cruzou, a bola que foi desviada e Sule pegou o rebote na segunda trave. O zagueiro finalizou em cima de Endo, ficando com o escanteio e os jogadores japoneses vibrando com expectativa da vitória iminente. Na sequência, Kimmich cobrou escanteio da esquerda e Gonda saiu do gol para afastar de soco. Detalhe que nas duas jogadas, Neuer abandonou o gol alemão e deixou a defesa totalmente aberta.

E com isso o jogo acabou para a alegria da torcida japonesa que viu sua seleção vencer de forma espetacular a combalida seleção alemã que mostrou no primeiro tempo absoluto domínio. Mas o Japão mostrou uma maturidade incrível e buscou o resultado. Se continuar assim, pode ir longe.

Japão faz festa. Fizeram bonito e mereceram a vitória
Japão faz festa. Fizeram bonito e mereceram a vitória

E a Alemanha? Será que não será mais a mesma?

Resumo do Jogo

  • Alemanha 1 x 2 Japão – Khalifa International Stadium, Ar-Rayyan – 23/11/2022 – 10h (Brasília)
  • Seleção da Alemanha: Neuer; Raum, Rudiger, Schlotterbeck e Sule; Kimmich, Gundogan (Goretzka) e Thomas Muller (Hofmann); Musiala (Gotze), Gnabry (Moukoko) e Havertz (Fullkrug). Técnico: Hans-Dieter Flick.
  • Seleção do Japão: Gonda; Sakai (Minamino), Yoshida, Itakura e Nagatomo (Mitoma); Endo, Tanaka (Doan) e Kamada; Ito, Kubo (Tomiyasu) e Maeda (Asano). Técnico: Hajime Moriyasu.
  • Árbitro: Ivan Arcides Barton Cisneros; Assistentes: David Jonathan Morán Santos e Zachari Zeegelaar
  • Gols: Ilkay Gundogan aos 32′; Doan aos 75′ e Asano aos 82′
  • Cartões amarelos: não foram aplicados cartões
  • Público: 42.608
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Espanha x Costa Rica – A Fúria veio com tudo

Pois é… não era, mas o grupo E acabou se tornando o grupo da morte. Digo isso porque com a derrota da Alemanha, a Espanha ganhou sob suas costas o peso do favoritismo. Os campeões de 2010 estão vindo de participações apagadas nas últimas copas… não passou da fase de grupos em 2014 e caiu ainda nas oitavas-de-final em 2018. Também não tiveram destaque nos campeonatos europeus mais recentes. Mas ainda é considerada uma força mundial. O destaque vai para os experientes Sergio Busquets, Dani Carvajal e Jordi Alba.

Do outro lado, temos a Costa Rica que está na sua terceira copa consecutiva, de um total de 6 participações. Sua melhor campanha foi em 2014 quando chegaram às quartas-de-final, tendo terminado na sétima posição do mundial. O destaque do time é o meio-campo formado pelos jogadores Busquets, Gavi e Pedri.

O jogo começou truncado com a Espanha no seu estilo de manter a posse de bola e a Costa Rica buscando uma marcação mais forte. E a Espanha levou perigo ao gol costarriquenho já aos 4′. Pedri alçou a bola da intermediária esquerda para o segundo pau. Por lá, Olmo apareceu nas costas de Calvo e emendou chute cruzado rente à trave direita.

Aos 9′ Pedri conduziu a bola perto da meia-lua e serviu Asensio dentro da área. De primeira, o atacante finalizou rasteiro e acabou tirando tinta da trave esquerda. Não passou dois minutos para sair o gol espanhol. Dani Olmo trouxe da esquerda para dentro na risca da grande área e procurou tabela com Pedri, que devolveu por elevação. Após desvio na zaga, a bola sobrou para Olmo que girou e finalizou de cavadinha na saída de Navas para abrir o placar.

Em jogada esperta, a Espanha abre o placar aos 13′

O jogo prosseguiu e a Espanha ampliou aos 21′. Jordi Alba recebeu bem aberto na esquerda e serviu a chegada de Asensio na marca do pênalti. Com a bola rasteira, o atacante bateu de primeira e de canhota no canto esquerdo de Navas. Começo muito forte e consistente da Espanha.

A Espanha teve um pênalti marcado a seu favor aos 29′. Jordi Alba se aventurou dentro da grande área, encarou marcação dupla e, ao driblar Duarte, acabou derrubado por trás pelo zagueiro. Pênalti! Fernan Torres bateu e converteu. No placar, Espanha 3 x 0 Costa Rica.

Pênalti muito bem batido e Espanha amplia o placar

Aos 35′ de jogo a Espanha segue absoluta em campo, com 85% da posse de bola. A partir daí, o jogo deu uma esfriada, mas em nenhum momento a Costa Rica chegou a levar alguma ameaça. E assim chegamos ao final do primeiro tempo.

As equipes voltaram para o segundo tempo e apenas a Costa Rica fez uma alteração, sacando Martinez para a entrada de Waston. E o jogo recomeça da mesma forma. Espanha controlando a posse de bola e Costa Rica acuada em seu campo.

A Espanha chegou a mais um gol aos 54′. Após jogadaça de Gavi na direita, ele serviu Ferrán Torres dentro da área e o atacante não conseguiu finalizar de primeira. Ainda assim, ele insistiu, ganhou de Oviedo e, desequilibrado, chutou rasteiro para vencer Navas. Não vamos perder as contas… No placar, 4×0.

Com tranquilidade no placar, a Espanha fez duas alterações. Trocou Pedri por Soler e Torres por Morata. Depois, aos 61′ foi a vez da Costa Rica trocar Contreras por Zamora e Benette por Ruiz.

Espanha segue tranquila no seu passeio em campo. E aos 63′ fez mais duas alterações: Jordi Alba deu lugar a Balde e Sérgio Busquets saiu para a entrada de Koke. Considerando o placar tranquilo, os espanhóis pode se dar ao luxo de poupar seus jogadores e dar rodagem aos mais novos.

O primeiro cartão amarelo do jogo foi sair só aos 67′ para a Costa Rica. Não é um jogo truculento e as equipes se respeitaram bastante. Na sequência, mais uma alteração na Espanha, com Asensio dando lugar a Williams. JOgo segue tranquilo e a Costa Rica parece ter se conformado em não tomar uma goleada ainda maior. E aos 71′ foi a vez da Costa Rica substituir Borges por Aguilera.

E a Espanha ampliou aos 74′, marcando um golaço. Morata se apresentou deslocado na ponta-esquerda, ergueu a cabeça e cruzou para a entrada da área. De primeira, Gavi emendou chute com a parte externa do pé direito no cantinho esquerdo de Navas.

Golaço no quinto gol espanhol

Aos 81′ a Costa Rica fez sua última substituição, colocando Matarrita no lugar de Oviedo. Agora resta ao time sobreviver até o final do jogo. A Espanha nitidamente tirou o pé e resolveu cadenciar o jogo. Afinal de contas, 5×0 já é um ótimo resultado.

Mas ainda assim, a Espanha ainda marcou mais um… aos 90′. Nico Williams passou com facilidade por Matarrita na direita, cruzou rasteiro buscando Morata e Navas saiu do gol batendo roupa. No rebote, Soler aproveitou e finalizou no canto esquerdo para aumentar a vantagem.

E ainda coube mais… nos acréscimos Em boa trama na risca da grande área, Morata soltou com Olmo e recebeu a devolução dentro dela. De canhota, o atacante soltou bomba rasteira no canto direito de Navas. Sem chances para o goleiro. É a maior goleada da Copa até o momento.

E após 8 minutos de acréscimos, a Espanha terminou o massacre pelo placar de 7×0. Apresentou suas credenciais e se alguém tinha dúvida sobre a força do time espanhol (eu tinha) é bom repensar seus conceitos (repensarei). Para a Costa Rica restou o consolo da surra não ter sido maior. Porque tinha espaço pra isso sim.

Resumo do Jogo

  • Espanha 7 x 0 Costa Rica – Al Thumama Stadium, Doha – 23/11/2022 – 13h (Brasília)
  • Seleção da Espanha: Unai Simon; Azpilicueta, Rodri, Laporte e Jordi Alba (Alejandro Balde); Gavi, Busquets (Koke) e Pedri (Carlos Soler); Ferrán Torres (Alvaro Morata), Asensio (Nico Williams) e Dani Olmo. Técnico: Luis Enrique.
  • Seleção da Costa Rica: Keylor Navas; Carlos Martínez (Kendall Waston), Keysher Fuller, Óscar Duarte, Francisco Calvo e Bryan Oviedo (Ronald Matarrita); Joel Campbell, Yeltsin Tejeda, Celso Borges (Brandon Aguilera) e Jewison Bennette (Bryan Ruiz); Anthony Contreras (Alvaro Zamora). Técnico: Luis Fernando Suárez.
  • Árbitro: Mohammed Abdulla; Assistentes: Mohamed Al Hammadi e Hasan Al Mahri
  • Gols: Olmo aos 11′; Asensio aos 21′; Torres aos 29′ e aos 54′; Gavi aos 74′; Soler aos 90′ e Morata nos acréscimos do 2º tempo
  • Cartões amarelos: Francisco Calvo
  • Público: 40.013
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Bélgica x Canadá – Quem não faz… toma

A Bélgica foi responsável pela eliminação do Brasil em 2018. Pararam nas semifinais, quando perderam para a França. Ainda assim, conquistaram o terceiro lugar ao derrotar a Inglaterra por 2×0. Esta será a 14ª participação da equipe em copas e desde 2014 ela sempre é colocada como favorita. Nesta edição ela tem sofrido com as contusões de estrelas como Hazard e Lukaku.

Por outro lado, o Canadá está ausente das copas desde 1986, sendo esta a sua segunda participação. Curiosamente, ela se classificou como a melhor seleção de sua confederação (CONCACAF) à frente de equipes mais tradicionais como EUA e México. Sinceramente, não dá pra cravar se eles vieram à passeio ou para buscar algo mais sério. Como destaques, Alphonso Davies e Jonathan David.

O jogo começou – só para variar – truncado em seu meio campo. Logo no começo a Bélgica tentou jogar avançado no campo do Canadá. mas encontrou uma equipe bem compacta marcando em bloco e logo no começo ficou claro que os belgas terão dificuldade para construir suas jogadas.

Aos 2′ Bathsuayi aproveitou presente de Johnston na intermediária e experimentou chute de longe no meio do gol, onde Borjan segurou firme. A partir daí, o Canadá resolveu assumir o protagonismo do jogo e passou a subir ao ataque com bastante força. Aos 8′  Hoilett cobrou escanteio da direita e encontrou Buchanan aberto na área. O ponta dominou e chutou acertando a marcação. Os canadenses pediram pênalti.

E no minuto seguinte, adivinha quem apareceu? O VAR que após análise concedeu o pênalti por toque de mão de Carrasco dentro da área. Visivelmente tenso, Davies demorou a partir para a cobrança e, ao bater no canto direito, Courtois voou para buscar. No rebote, o canadense furou.

Canadá desperdiça a chance de abrir o placar

Após 15 minutos de jogo o que víamos era exatamente o inverso ao previsto. O começo do Canadá é surpreendente e avassalador. São sete finalizações dos canadenses, contra apenas uma dos belgas. Aos 17′ Hoilett apareceu na área pela direita, cortou para o meio e, de canhota, arrematou rasteiro à direita do imóvel Courtois.

A Bélgica tentou reagir aos 19′. De Bruyne conduziu a bola até a intermediária e, ao invés de rolar para Batshuayi na direita, ele acionou Carrasco em profundidade. Borjan ficou com ela.

O Canadá buscava mais o jogo, mas mesmo assim, a Bélgica tinha seus bons momentos. Aos 23′ Tielemans recebeu de Hazard na risca da grande área e rolou para Batshuayi dentro dela. A bola escapou do domínio do atacante, que, no chute, foi travado por Miller.

O jogo prosseguiu com o Canadá atacando e marcando bem e a Bélgica sem conseguir criar nada. Aos 30′ Laryea ficou com a bola na faixa direita da área e atrasou com Johnston, que chutou cruzado para a defesa de Courtois. Nova chance surgiu aos 35′, Hoilett prolongou a jogada pela direita até o bico da área, de onde alçou a bola para o segundo pau. Por lá, David testou mal à direita de Courtois.

Aos poucos a Bélgica melhorou um pouco, mas ainda o Canadá parecia ter o controle do jogo. Eu disse “parecia”? Disse… Porque aos 44′ Alderweireld arranjou uma bola de cinema da defesa para o ataque e encontrou Batshuayi nas costas de Miller e Laryea. Na área, o atacante finalizou de canhota na saída de Borjan para abrir o placar. Quem não faz, toma… Bélgica 1 x 0 Canadá.

Quem não faz, toma… Bélgica abriu o placar..

Já nos acréscimos, Laryea escapou pela direita após passe de Johnston, cruzou rasteiro para a entrada da pequena área e Buchanan, de carrinho, finalizou sobre o gol. A Bélgica parece reassumir o controle do jogo. E após 5 minutos de acréscimos, o juiz encerrou o primeiro tempo.

Os times voltam para o segundo tempo. O Canadá veio com a mesma formação e a Bélgica fez duas substituições: Onana no lugar de Tielemans e Meunier no lugar de Carrasco.

O Canadá começou o segundo tempo buscando o ataque e aos 48′ Stephen Eustáquio deu uma caneta em De Bruyne na direita, ganhou espaço e cruzou na medida para David, que cabeceou a orelha da bola à direita de Courtois.

Aos 53′ A bola é recuada na fogueira para Courtois na pequena área e, por pouco, o goleiro não entregou o ouro para David. O Canadá voltou a pressionar. Aos 56′ Buchanan aplicou chapéu em Vertonghen na direita, preparou o cruzamento e, na hora de completá-lo, deu uma canelada na bola. Tadinha dela…

O Canadá mexeu no time aos 58′. Koné entrou no lugar de Hutchinson e Larin no lugar de Holett. Bélgica passa a jogar no contra-ataque com o Canadá subindo ao ataque na busca pelo resultado. Bélgica fez uma substituição aos 62′ trocando Hazard por Trossard.

Aos 68′ em jogada de velocidade, De Bruyne avançou pela direita, rola para o meio da área e, na finalização de Batshuayi, Laryea bloqueou com carrinho providencial. Bélgica retém melhor a bola.

O Canadá até que tentou bastante, mas a Bélgica reassumiu o controle do jogo e passou a jogar melhor a partir da segunda metade do segundo tempo. Aos 74′ o Canadá mexeu novamente. Laryea deu lugar à Adekugbe.

E o time mostrou que não está morto aos 79′. Johnston arranjou levantamento da direita para a área e encontrou a cabeça de Larin, que testou cruzado no canto direito de Courtois que pegou com firmeza. Na sequência, o Canadá mexeu mais uma vez no time: Eustáquio deu lugar ao Osório (nomes bem típicos no Canadá, não acham?) e Buchanan saiu para a entrada de Millar.

O jogo deu uma esfriada perto do seu final, mesmo assim, aos 41′ De Bruyne arrancou da intermediária até a entrada da área, abriu espaço para a perna boa e encaminhou um balaço por cima do gol canadense.

O jogo esfriou de vez e após cinco minutos de acréscimos, o juiz encerrou a partida. Fico u a sensação de que o Canadá talvez merecesse o empate, mas valeu aquela máxima do “quem não faz, toma”. E definitivamente a Bélgica ficou devendo… Muito.

Resumo do Jogo

  • Bélgica 1 x 0 Canadá – Ahmad Bin Ali Stadium, Al-Rayyan – 23/11/2022 – 16h (Brasília)
  • Seleção da Bélgica: Courtois; Dendoncker, Alderweireld e Vertonghen; Castagne, Witsel, Tielemans (Onana), De Bruyne e Carrasco (Meunier); Batshuayi (Openda) e Hazard (Trossard). Técnico: Roberto Martínez
  • Seleção do Canadá: Borjan; Johnston, Steven Vitória e Miller; Laryea, Hoilett (Larin), Hutchinson (Koné), Eustáquio (Osorio) e Davies; Buchanan (Millar) e Jonathan David. Técnico: John Herdman
  • Árbitro: Janny Sikazwe; Assistentes: Jerson dos Santos e Arsenio Maringule
  • Gols: Batshuayi aos 43′
  • Cartões amarelos: Carrasco, Meunier, Onana (BÉL); Davies, Johnston (CAN)
  • Público: 40.432
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Publicado em:Crônicas,Entretenimento,Uma Copa Qualquer

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