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A vida sempre está em movimento

Brad Pitt ainda era um quase menino quando participou deste filme. De acordo com os créditos, ele nem mesmo era o protagonista, papel que coube a Craig Sheffer que talvez tenha tido neste filme seu papel de maior destaque. Curioso notar que ao mesmo tempo em que Sheffer teve boa atuação, seus papéis em outros filmes não foram tão notórios assim. De certa forma, o caminho inverso ao compararmos a carreira de Brad Pitt.

Em Nada é para sempre (A River Runs Through It) temos um filme sensível a esta questão… a nossa passagem pela vida. Onde temos os altos e baixos. Onde nossa vida, assim como um rio, segue seu curso de forma inabalável passando por todos os percalços do caminho.

Nada é para sempre

O filme conta a história dos irmãos MacLean nascidos e criados na cidade de Missoula em Montana. Em grande parte o filme é narrado em retrospectiva por Norman, o primogênito e mostra passagens pela infância, adolescência e início da vida adulta dos irmãos sob a rígida educação de seu pai, o reverendo MacLean (interpretado por Tom Skerrit). Enquanto Norman (Sheffer) procura seu lugar ao mundo ele mostra seu irmão Paul (Pitt) que encara a vida de um modo totalmente diferente e o filme mostra sempre o contraste como os irmãos encaram os desafios da vida.

O filme – baseado no romance “quase auto biográfico” de Norman Maclean – é ambientado nas décadas de 1910 e 1920 onde Norman cresceu e foi para a universidade, voltando para a cidade decidido a lecionar, enquanto Paul fica na cidade e se torna repórter de um jornal local. Em comum, a pescaria de trutas. Seu pai os ensinou desde que eram pequenos como pescar trutas no rio que passa nos arredores da cidade e ali eles levavam suas vidas.

É um filme reflexivo, dirigido com muita sensibilidade por Robert Redford. A fotografia do filme é fantástica e merecidamente levou o peladão reluzente em 1992 e teria merecido também o de melhor trilha sonora, mas na ocasião, tinha Aladim da Disney pelo caminho. O filme não leva a grandes ações e histórias. Apenas conta a vida de uma família na visão de um dos seus entes… e mostra que não importa os percalços e alegrias que a vida nos traz… ela – a vida – sempre estará em movimento. E nada que é perfeito dura para sempre. Exceto em nossas memórias.

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Publicado em:Opinião,Sem Pipoca

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