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Homem de Bem e seus Mantras Indianos

Buenas! Hoje a trilha sonora foge do lugar comum, saem as guitarras, as letras sobre amores e desamores, a MPB clássica e tudo isso dá lugar apenas à paz e a meditação. Cada um tem sua válvula de escape para acalmar os ânimos ou para se chegar ao divino, a música sempre foi a minha e esse disco me pega pelo cangote e me leva pra um lugar muito melhor, onde meu coração e a minha mente se aquietam. O disco da semana é o incrível Mantras Indianos do Homem de Bem.

Homem de Bem… um projeto que começou com Tomaz Lima, Lui Coimbra e Antonio Quintella

Homem de Bem foi um projeto musical formado pelos músicos Tomaz Lima, Lui Coimbra e Antonio Quintella, além da participação de um timaço de feras do quilate do maestro Waltel Branco e do percussionista Marcos Suzano para dar forma a uma jornada ousada: musicalizar, ocidentalizar e por que não, popularizar os mantras indianos. Mas o que é mantra? Você pode vir a perguntar… bom, vamos lá:

E é bom? Funciona? Muito! Espiritualmente, meditativamente e no caso do disco, musicalmente. Gravado ao vivo, o disco transforma algo tão distante do nosso cotidiano ocidental em algo que nos aproxima de uma tradição milenar. A música tem o poder de aproximar o divino do humano, tornando a experiência (a minha ao menos) algo indescritível. No carro, mesmo em meio ao trânsito caótico de São Paulo, a sensação é de calmaria, com fones de ouvido, a experiência vai muito além.

A grandiosidade dos arranjos complexos e extremamente bem executados formam uma colcha de retalhos rítmicos onde cítaras, tablas, percussões, violões, harmônios (sim… harmônios mesmo!) se fundem em maracatu, guarânia, folk e vertentes musicais tão díspares se complementam e convergem em um único propósito, elevar a mente e o espírito. E o faz com maestria.

Este trabalho foi o único do trio que logo após acabou por se separar. Homem de Bem passou então a ser o projeto pessoal do violonista Tomaz Lima e calcado nessa mesma fórmula musical já lançara outros ótimos discos, mas nada que superasse a surpresa, o impacto e a sensibilidade desse álbum. Um bálsamo para ouvidos atentos e mentes abertas. Mais do que necessário, essencial!

“Hare Krishna, Hare Krishna,
Krishna Krishna, Hare Hare,
Hare Rama, Hare Rama,
Rama Rama, Hare Hare”.

Logo menos tem mais. Namastê! 🕉

Publicado em:Disco da Semana,Opinião

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