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Obama?

Neste final de semana o Brasil recebeu a visita do presidente norte-americano Barack Obama. De certa forma, fiquei um pouco surpreso com a cobertura da mídia sobre isto. Afinal de contas, estamos falando da visita de um chefe de estado de uma nação. O mundo tem umas 180 (mais ou menos) nações. Não vejo sentido em fazer estardalhaço com a visita do Obama.

Em visita ao Brasil, Barack Obama recebeu todas as atenções da mídia

Poucas vezes concordei com o Lula em alguma coisa, mas lembro dele em uma entrevista citando uma reunião (acho que na ONU) onde os presidentes de várias nações estavam em uma sala aguardando o início da referida reunião. Quando o presidente americano chegou (neste caso, era o George W. Bush), todos se levantaram. Ele ficou sentado e segurou o ministro Celso Amorim, comentando: “Ninguém se levantou com a nossa chegada. Porque quando o presidente americano chega, temos que fazer isso?”

Pode parecer extremamente nacionalista, mas eu concordo com ele. Tanto ele como o Bush eram representantes de suas nações, independentemente da situação econômica ou poderio militar. Somos (ou deveríamos ser) todos iguais.

Agora, fizeram uma operação de guerra com a chegada do Obama. Claro que é necessário garantir a segurança do mandatário americano, mas daí a criar um clima de celebridade, convenhamos, é assumir uma postura de subserviência.

Devo acrescentar que ele foi muito simpático em seu discurso. Mas como o próprio Arnaldo Jabor disse em seu comentário da Rádio CBN nesta última quinta-feira, trata-se de uma visita protocolar. Os EUA não estão reconhecendo o Brasil como potencial parceiro econômico ou como um protagonista mundial no cenário geopolítico. Obama veio ao Brasil garantir que o comércio e a indústria americana tenham um mercado consumidor. Apenas isso.

Publicado em:Opinião,Pitacos na Política

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