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Terno Rei e o álbum “Violeta”

Buenas! Estamos de casa nova aqui no UBQ! Sejam bem-vindos WordPress e os parceiros da Hostinger que agora abrigam o nosso blog. Para hoje, temos uma resenha da banda Terno Rei e o álbum “Violeta”.

O Brasil que só começa após o Carnaval

Mesmo que o ano no Brasil só comece após o carnaval, a produção musical não para. Este ano de 2019 promete ser um ano recheado de ótimos lançamentos. Tanto por aqui, em terras brasileiras, como ao redor do mundo. Tomara!

Se o final de 2018 foi marcado pelos samples e pelas levadas mais ligadas ao Rap, 2019 começa cheio de guitarras e efeitos. E é de um desses lançamentos que falamos hoje, “Violeta”, o terceiro disco dos paulistanos do Terno Rei.

A banda Terno Rei

Formado por Ale Sater (voz e baixo), Bruno Paschoal (guitarra), Greg Vinha (guitarra) e Luís Cardoso (bateria), a banda pega suas coisas e desembarca na tão fria e soturna Curitiba para fazer um dos grandes destaques deste ano que se inicia. E olha só… estamos em fevereiro e já tenho quase certeza que esse será um dos grandes discos de 2019.

A banda Terno Rei
A banda Terno Rei

Muito bem produzidos por Gustavo Schirmer e Amadeu De Marchi, o Terno Rei se transforma, sai da sua zona de conforto e dá o passo seguinte. Suas músicas nos trazem aquele clima tipicamente oitentista, mas sem abrir mão de soar atual e moderno.

O álbum Violeta

Se tivesse que citar a principal qualidade desse álbum, certamente seria a capacidade de fazer um revisionismo soando original e sem ser datado. Não é que os paulistanos bebem na fonte do Pós Punk, eles se jogam de cabeça numa cachoeira cheia dessa influência.

O álbum Violeta é algo que soa original e não é datado
O álbum Violeta é algo que soa original e não é datado

Então, todos os elementos que amamos nessa fase do rock aparecem descaradamente: baixo pesado, bateria marcada, guitarras criativas e teclados… muitos teclados. Isso dá um clima e cria um ambiente que preenche um espaço que a guitarra não preencheria. E principalmente, pra ser o protagonista.

Tudo isso com uma voz poderosa que se impõe na frente desse caldeirão de boas referências.

De instrumental denso, mas explicitamente mais pop, em diversos momentos nos coloca pra dançar, sem abrir mão da reflexão das letras.

Conseguem soar dançantes e pensativos ao mesmo tempo (vai depender de onde o ouvinte esteja, se no baile, ou no escuro do quarto, e de seu estado de espírito: curtir a noitada, ou aproveitar a companhia do velho fone de ouvido).

Paradoxal… mas este é um dos maiores charmes

Suas composições mostram que estamos diante de grandes músicos que tem a total noção do lugar que almejam chegar e que descobriram como fazer isso da melhor maneira possível. Sem atalhos, nem enrolação. Mas que estão pavimentando seu caminho com constância e verdade.

Suas letras retratam o cotidiano, seus amores, por vezes desamores e como lidar com a vida em si, no meio do caos que é o ser humano.

Há aqui uma dose grande de esperança em meio ao amargor existencialista. E esse é o elemento que ilumina toda a obra e faz com que a mensagem (por mais densas que sejam de conteúdo e conceitos) chegue ao ouvinte com leveza. Coisa de gente grande.

Um discão! Fortíssimo candidato a melhores do ano. Para ouvir, clique aqui.

Logo menos tem mais.

Publicado em:Disco da Semana,Opinião

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