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Wolf Alice e o álbum Blue Weekend

Buenas,

Eis me aqui novamente. Eu disse que era somente um até logo, não disse?

Mesmo andando ausente aqui no blog, aqui em casa a música não para, então aproveitei uma brecha no finalzinho das férias para deixar mais uma pepita musical para vocês. A de hoje, vem direto de Londres na Inglaterra e serve como uma luva pro clima cinzento desse inverno. Hoje falamos do Wolf Alice e de seu mais recente álbum, o “Blue Weekend”.

Sobre o Wolf Alice

Banda capitaneada pela talentosíssima vocalista/guitarrista Ellie Rowsell e pelo Guitarrista Joff Oddie. Completam o time o baixista Theo Ellis, o baterista Joel Amey e agora para a turnê (sim, habemus turnê no velho continente) o tecladista Ryan Malcom.

Os ingleses do Wolf Alice

A banda vem na ativa desde 2010 e durante esse tempo vem se metamorfoseando em um mix indefinido de boas sonoridades. Está calcada no rock alternativo, mas tem espaço para o folk e para o pop.

Sobre o álbum

“Blue Weekend” foi todo composto, gravado e produzido durante a pandemia e retrata o humor, a angústia e todo o sentimento aflorado que o isolamento despertou nos ingleses.

Plural, com influências que vão do pop de um Fleetwood Mac ao mais barulhento shoegazer de Jesus & Mary Chain, o álbum que foi produzido por Markus Dravs (Björk, Coldplay, Arcade Fire, etc.) e é de um magnetismo que consegue fazer que não pulemos nenhuma faixa. Essa transição que para alguns soaria abrupta, aqui só revela ainda mais o charme e a genialidade do disco.

Capa do fantástico “Blue Weekend”

Há espaço para toda a sonoridade que a banda resolveu explorar: voz e piano, guitarras, sintetizadores, batidas eletrônicas, sem que nada soe fora do lugar, a palavra de ordem aqui é coesão. Um dos principais destaques é a voz e a interpretação de Ellie Rowsell. Sua voz atinge notas que imaginei que só fossem conseguidas em estúdio depois de muitas tentativas, mal sabia eu que ao vivo ela executa com a mesma precisão e competência. Que voz meu povo!

As letras falam sobre as dificuldades de se chegar a fase adulta e sobre relacionamentos, mas o fazem de maneira mais introspectiva, típico desses tempos mais sombrios. Trocando em miúdos: um idílio corajoso de sentimentos. Uma banda que resolveu fazer algo para se satisfazer ao invés de ter que se provar.

Uma viagem do início ao fim. Pra lá de recomendado, essencial (e favorito da casa à álbum do ano).

Compre, baixe, ouça! Mas ouça muito. E se possível, ouça alto.

Logo menos tem mais.

Publicado em:Disco da Semana,Opinião

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