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My ‘Human Experience’ e a banda Elke

Buenas,

Tô por aqui ainda abismado, absorvendo o que foi o show do Paramore em São Paulo, mas antes de escrever sobre isso, não posso deixar de falar da Elke, banda de abertura e seu último lançamento, o EP “My ‘Human Experience'” de 2022. Projeto musical da modelo Kayla Graninger que serve como porta de entrada para a sua discografia e para o que ainda está por vir.

A banda Elke em São Paulo antes do show do Paramore

Produzido por Zac Farro (baterista do Paramore), feito de maneira caseira, mas nem por isso sem qualidade, é diverso, despretensioso e pop até o tutano, o EP vai do punk-rock à bossa nova em um pular de faixa. E provavelmente essa seja a maior qualidade do álbum, a sua despretensão.

Usando o seu diário como base para suas composições, As letras e melodias vão tomando forma à medida que ela compila o que vê e escreve.

Altamente influenciado pelo espírito anárquico do “faça você mesmo”, essa compilação (que foi a base do show em São Paulo) mostra uma artista segura o suficiente para atirar em todas as direções. Cantando como se estivesse em uma boate bossa-novista carioca dos anos 50 ou em um clube enfumaçado da cena electro oitentista, Kayla faz o tipo de música que caberia na programação de qualquer rádio voltada para o público adulto.

Capa do EP My ‘Human Experience’ da banda Elke

A banda que a acompanha é de uma competência incrível, formada pelo baixista Josh Gilligan, pelo excelente baterista Gavin McDonald e pelo guitarrista Marko (isso aí, sem sobrenome mesmo) e ao vivo tocam as músicas com muito mais vigor. Mostraram-se extremamente competentes e com uma presença de palco incrível. Não seria surpresas se em alguma hora dessas apareçam por aqui fazendo seu próprio show. Pelo que pude perceber, a aceitação da banda foi bem grande e muitas pessoas já até cantavam as músicas.

Uma baita presença de palco, alta dose de teatralidade, uma banda pra lá de afiada e uma voz incrível fazem desse EP uma grata surpresa e o coloca desde já no panteão de “prediletos da casa”. Ouça alto, tente não dançar e principalmente não cantar o “Zubie Zubie”.

Recomendadíssimo!

Logo menos tem mais.

Publicado em:Disco da Semana,Opinião

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