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Terno Rei ao vivo no Sesc Santana

Buenas! Estava eu de bobeira pelo instagram, quando vejo uma postagem de que o Terno Rei (já falamos sobre eles aqui no UBQ) faria 2 shows para comemorar o aniversário de um ano do lançamento de “Violeta”. Minha reação na hora: Sério? No SESC? Sensacional! Estrutura ótima com preço justo. Esse não dá pra perder. E não perdi… com vocês, minhas impressões do show da banda Terno Rei ao vivo no Sesc Santana.

Depois de um parto para conseguir os ingressos (esgotaram em 20 minutos), até que enfim a oportunidade de conferir ao vivo esse discaço. Estava pra lá de curioso para ouvir o Violeta ao vivo.

Terno Rei ao vivo no Sesc Santana
Terno Rei ao vivo no Sesc Santana

O dia do show

O dia era 01/02/2020… um sábado em São Paulo. Chovia torrencialmente. Um dia soturno, o inverso que se espera de um dia de festa. E eu? Nem aí… Enxerguei um certo charme na junção de fatores, o clima chuvoso, típico de São Paulo no verão, o show em um lugar mais intimista, somado a catarse sonora mais “sombria” proporcionada pela banda.

Não enxerguem esse “soturno” como algo negativo, pelo contrário, é um baita elogio. Alguns dos meus álbuns preferidos da vida seguem por esta toada.

A organização do SESC é algo que só me dá alegria: estrutura bacana para o expectador e para a banda. O som estava impecável. E a pontualidade é algo que chega a assustar em se tratando de Brasil. Respeito, a gente vê por aqui.

As 21:00 em ponto a banda sobe ao palco e a festa começa. Canção após canção, a banda mostra uma competência que poucas bandas mais novas conseguem apresentar. Tudo está perfeitamente no lugar, baixo pesado, a bateria marcada, guitarras altas, sintetizadores fazendo a cama para a cereja do bolo que é a voz do vocalista Alê Sater. Que coisa linda ver todo mundo cantando em uníssono junto com a banda, uma festa pra fã nenhum botar defeito.

Nem tudo é exatamente perfeito

O único ponto negativo de qualquer show do SESC é a pontualidade.

Mas como assim? No começo do texto você disse que a pontualidade era algo bacana, respeito com o expectador e tal, agora muda de ideia? Você é tão volúvel assim?

Não amiguinhos, é que quando o show chegou a 1h30 de duração, depois de passarem com maestria por todo o repertório do “Violeta” e mais uma pérola do disco anterior, o show acabou, sem choro nem vela. Isso de modo algum atrapalhou ou diminuiu o show. Só nos fez voltar pra casa com aquela sensação de “quero mais”.

Pontualidade britânica... para o bem e para o mal
Pontualidade britânica… para o bem e para o mal

Entre o fã e o crítico musical

Tentei assistir o show com olhos um pouco mais atentos, pra conseguir escrever essa resenha sem soar tão “fanboy”, e é bacana perceber a reação de cada pessoa próxima a você com cada canção.

As pessoas incorporam as músicas, a tomam para si, como se aquela canção fosse feita baseada na vida dela, é algo que vi com poucas bandas. Antes da metade do show, já estava entregue à mesma catarse que tomou de assalto o teatro do SESC Santana.

Boas Sensações

Sinto aí o surgimento de algo grande. O Terno Rei tende a crescer e muito. Que venham muitos shows. Depois de vê-los ao vivo, tive ainda mais certeza da escolha do “Violeta” como o álbum do ano. Em disco, lindo, ao vivo, perfeito. As canções tomam vida e crescem ainda mais.

Que noite, Terno Rei! E parabéns pelo aniversário, mas o presente quem ganhamos fomos nós. Obrigado!

Logo menos, tem mais.

Set list do show

E pra quem quiser saber, esta aqui foi a lista das músicas tocadas no show

E antes de “Solidão de Volta” tocaram “A Prosa”
Publicado em:Disco da Semana,Opinião

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